TJ-SP suspende ordens de despejo contra a varejista TNG
O escritório Moraes Jr Advogados esclareceu nesta quinta-feira (10) que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu o cumprimento de ordens de despejo contra a TNG e, consequentemente, as ordens proferidas pelos juízes.
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Dessa forma, as demandas de despejo não poderão ser efetivadas, impedindo que os locadores retomem os imóveis, como havia sido divulgado anteriormente. Com o pedido de recuperação judicial protocolado recentemente, a varejista TNG obteve a suspensão das ordens de despejo dos pontos comerciais em shoppings centers.
“Os pontos comerciais, são ativos da recuperanda, e representam fonte de renda para a companhia. Retirá-la desses locais impactaria diretamente em sua recuperação judicial, e consequentemente na sobrevivência da companhia e no pagamento das dívidas cotidianas e na projeção e pagamento dos credores sujeitos à recuperação judicial, inclusive os locadores destes imóveis”, comenta Odair de Moraes Jr, sócio do escritório Moraes Jr. Advogados, que assessora a recuperação judicial da TNG.
Ele afirma que, nos próximos dias, a companhia deve apresentar o plano de recuperação judicial.
TNG pede recuperação judicial
A rede de moda protocolou pedido de recuperação judicial há três semanas, reportou o Valor Investe. Ele vem após tentativas de renegociação de dívidas de cerca de R$ 200 milhões com bancos e shoppings.
A pandemia pegou em cheio a TNG. A queda na receita e a pressão maior das dívidas impediu melhora dos números da varejista.
“Do total de 400 dias [desde o início do fechamento das lojas com a pandemia] trabalhamos 200 dias. Como você trabalha assim? Impossível. Sabemos que precisamos de um, dois anos de fôlego, esse é o tempo que preciso. Seis meses só não deu para nos recuperarmos. É uma reconstrução, um recomeço. A recuperação judicial não dá certo quando você pede na hora errada, não é o nosso caso. Estamos pedindo com condições de sairmos dessa situação, buscando um tempo maior para renegociarmos as dívidas e focarmos no negócio só”, disse Tito Bessa Jr., fundador da TNG.
(Com Estadão Conteúdo)