Nesta terça-feira (12), as taxas dos títulos públicos operaram em alta. Após um dia de forte alta nas curvas de juros na véspera (11), a sessão de hoje foi marcada por mais uma onda de aversão a risco, com incertezas sobre a China e sobre a manutenção das pressões inflacionárias ao redor do mundo. Em relação ao Tesouro Direto, as taxas oferecidas pelos títulos públicos operaram em alta pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira (12).
O mínimo oferecido pelos prefixados é recorde para o papel, chegando a 13,30% ao ano, no caso do papel com vencimento em 2025, que passou a ser negociado em fevereiro deste ano. O percentual também é maior do que os 13,17% vistos na véspera (11).
Já o juro mais alto é oferecido pelo Tesouro Prefixado 2033, no valor de 13,40% ao ano, outro recorde para o título.
Tesouro: retornos históricos
Retornos históricos também foram observados entre os papéis atrelados à inflação, com exceção do Tesouro IPCA+2035 e 2045.
O piso oferecido pelos títulos com rentabilidade máxima, por sua vez, era de 6,10% ao ano e era entregue pelo Tesouro IPCA + 2026, às 9h25.
Quanto ao Tesouro IPCA+2055, o retorno real oferecido foi de 6,35% ao ano, maior valor já registrado por esse papel que iniciou as negociações em fevereiro de 2020.
Entre os destaques locais do dia estão a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Auxílios, que deve custar mais de R$ 41 bilhões ao governo, com gastos fora do teto, e que deve ser votada ainda hoje (12) na Câmara dos Deputados.
A atenção também se voltou à divulgação do volume de serviços, que subiu 0,9% em maio, acima do esperado pelo mercado.
Quanto à cena internacional, a retomada de lockdowns em algumas cidades da China para impedir a maior disseminação da Covid-19 fica no radar, mas há temores de que a situação piore e as restrições sejam mais abrangentes. O mercado acompanha ainda mais um dia de recuo nos preços das commodities.
Investidores também aguardam a divulgação dos números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que será amanhã (quarta-feira, 13).
Na véspera, o dirigente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, destacou que a autoridade monetária pode suportar taxas mais altas, após os dados mais fortes de emprego divulgados na semana passada.
Veja como estão as taxas e os preços dos dos títulos público no Tesouro Direto:
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