A parceria entre o C6 Bank e a Tim (TIMS3) passa por um momento delicado. Em seu relatório do segundo trimestre, a empresa de telecomunicações informou que abriu um processo no Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá para rever cláusulas contratuais.
A ação contra o C6 Bank e a Carbon Holding, controladora da instituição financeira, não foi detalhada no relatório. A Tim se limita a dizer que é necessário discutir a interpretação de determinadas cláusulas.
Se não houver acordo, a parceria pode ser desfeita sem a aquisição de participação acionária da Tim no banco e com a cobrança de uma multa.
Parceria C6 Bank e Tim
A parceria entre as empresas teve início em março do ano passado. Foi o primeiro caso de consolidação da estratégia que a operadora de telefonia chama de “customer platform“.
Neste plano, a Tim disponibiliza sua base de clientes e seus canais de comunicação e vendas para ajudar o parceiro a escalar o seu negócio. Em troca, o C6 Bank paga uma comissão e cede participação acionária no banco digital.
Em pouco mais de um ano, a Tim levou cerca de 3 milhões de novos correntistas para o C6 e garantiu 2,9% de participação acionária na instituição financeira.
O acordo impacta positivamente a operadora também: no segundo trimestre deste ano, a Tim diminuiu seu prejuízo no resultado financeiro líquido em R$ 232 milhões, na comparação anual. Com isso, a operadora ficou apenas R$ 36 mihões no negativo.
De acordo com o relatório, uma das razões para essa melhora foi a parceria com o C6 Bank, devido justamente a participação no capital social do banco.
A estratégia “customer platform” da TIM continua com outros setores. Recentemente, a empresa fechou um acordo similar com a Kroton para oferecer cursos EaD via celular para seus assinantes.
Procurado pelo SUNO Notícias, o C6 Bank disse que não vai comentar o assunto.