TIM (TIMS3): parcerias, 5G e ativos da Oi estão entre as prioridades, conta o CEO
Em teleconferência com analistas e jornalistas nesta terça (26), após a divulgação dos resultados de terceiro trimestre na noite de ontem, o CEO da TIM (TIMS3), Pietro Labriola, afirmou que a empresa de telecomunicações deve investir cerca de R$ 2,2 bilhões em 2022, considerando o futuro resultado do leilão do 5G.
“Temos que aguardar o fechamento do leilão, mas, indicativamente, podemos ter desembolso de R$ 2,2 bilhões a mais comparado com nosso plano original sem o 5G”, afirmou o presidente da TIM.
Previsto para ocorrer na próxima semana, o leilão do 5G deve movimentar R$ 10 bilhões. De acordo com o banco Safra, a TIM será a maior beneficiada com a licitação da tecnologia pelo governo.
Em relatório da semana passada, os analistas do banco destacaram que, no curto prazo, o leilão do 5G deverá ser um doa gatilhos positivos para a companhia. “A empresa deve otimizar o Capex e o ambiente competitivo pode se tornar mais racional em termos de precificação”, diz documento.
Segundo Pietro Labriola, a TIM já tem contratos de fornecimento de equipamentos que operam com tecnologia 5G acertados com as empresas Ericsson e Huawei. O CEO afirmou que tem o maior interesse em lançar o serviço “o quanto antes”, mas que é necessário seguir o calendário da Anatel.
Conclusão da venda dos ativos da Oi
Em relação à conclusão da venda dos ativos da Oi (OIBR3), o CEO da TIM afirmou que existe uma mesa de trabalho na Anatel para definir a divisão de ativos entre as empresas envolvidas. Segundo ele, o objetivo é oferecer o máximo de transparência para os consumidores e o mercado.
Questionado sobre a parcela de clientes que cada empresa vai receber, Labriola afirmou que o mercado é de competição e o cliente é soberano. “Ainda que seja definida uma empresa, existem outros mecanismos para o cliente escolher a operadora que preferir. Eles podem pedir portabilidade e trocar. O cliente é soberano”, disse o CEO.
Com o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a venda dos ativos da Oi Móvel, os analistas do banco Safra esperam um crescimento de até R$ 2,8 bilhões na receita líquida da TIM em 2023. A avaliação considera o impacto total dos clientes que deve ser absorvido até 2022.
Mais parcerias para a TIM
Labriola definiu a parceria com o C6 Bank como satisfatória. De acordo com o CEO, os números entregues no trimestre foram interessantes e mostram o sucesso da ação. Denominado como “plataforma de clientes” no balanço da TIM, a receita obtida com a parceria de julho a setembro foi de R$ 38 milhões.
Com isso, a empresa de telecomunicações atingiu uma quarta meta de resultados que concede o direito a um bônus de subscrição do C6 que equivale a uma participação de 4,08% nas ações do banco.
O executivo ainda afirmou que outros bancos digitais entraram em contato com a TIM interessados em cobrir o lugar do C6 caso o processo de arbitragem aberto pela telecom resulte em um distrato.
“Essas empresas se colocaram à disposição por ficarem interessadas nos resultados obtidos com o C6. Estamos refinando este ‘pipeline’ de oportunidades e devemos apresentar um cronograma que vamos perseguir”, comunicou o CEO.
O plano da TIM é anunciar mais três ou quatro parcerias entre janeiro e fevereiro de 2022. Labriola afirmou que há sete propostas em análise, sendo os segmentos de conteúdo, telemedicina e marketplaces os mais cogitados. A expectativa da empresa é destavar de R$ 3 a R$ 5 bilhões em geração de valor nos próximos anos com essas parcerias.
Veja o balanço da TIM:
Cotação da TIM nesta terça (26)
Nesta terça a ação da TIM teve queda de 3,26% no Ibovespa, sendo negociada a R$ 11,58.