A TIM (TIMS3) afirmou, nesta segunda-feira (7), que o desenho da operação de venda da Oi móvel preserva todo o ecossistema de telecomunicações brasileiro. Em nota, a companhia rebate acusações que surgiram após o Ministério Público Federal (MPF) recomendar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que reprove a compra da Oi Móvel, ativo da Oi (OIBR3) pela TIM, Telefônica/Vivo (VIVT3) e Claro por causa de “violações à concorrência”.
“Nesse processo da compra, nunca existiu nenhum consórcio, mas três operações distintas de ativos colocados à venda em função de uma recuperação judicial acompanhada por todas as autoridades competentes, inclusive o Ministério Público estadual”, afirma a empresa.
De acordo com a nota, a TIM é compradora da maior parte dos ativos e o movimento trará maior competição ao setor, bem como ampliação dos níveis de serviço para todos seus clientes, incluindo os oriundos da Oi.
A companhia defende que o desequilíbrio que se criou por meio de outras operações aprovadas é, na verdade, o gerador de assimetria competitiva que a operação tenta corrigir.
A empresa telefônica defende que os remédios previstos pela Anatel, os que vierem a ser estabelecidos pelo Acordo em Controle de Concentrações (ACC) do Cade, o êxito do leilão 5G e a intensa regulação setorial são garantias de um ambiente saudável de competição e investimentos.
A TIM diz ainda que a aprovação da venda da Oi móvel viabiliza um grande projeto de rede neutra nacional em fibra ótica, um insumo chave para o plano de reconstrução e fortalecimento das telecomunicações no Brasil.
Portanto, na visão da companhia, a avaliação do processo precisa levar em conta um quadro amplo de variáveis, em prol de concorrência, investimentos e desenvolvimento tecnológico nas próximas décadas em um setor estratégico para o País.
“Uma saída desordenada da Oi Móvel do mercado terá consequências caóticas para todo o sistema de telecomunicações, com impactos negativos para a competição, o consumidor e o avanço digital do País”, conclui a nota da empresa.
(Com informações de Estadão Conteúdo.)