A TIM (TIMS3) comunicou ao mercado que não recebeu nenhuma proposta do fundo private equity KKR e nenhum contato da controladora Telecom Italia. Portanto, as únicas informações que a operadora brasileira tem sobre as questões societárias que estão em andamento são aquelas já divulgadas.
A manifestação da operadora acontece após o mercado avaliar que se a aquisição de US$ 12 bilhões da Telecom Italia for concretizada, a KKR irá vender a TIM Brasil. Isso porque o fundo está interessado apenas na italiana e em sua unidade de fibra. A KKR já havia comprado uma participação de 37,5% na FiberCo.
Segundo o relatório do BTG Pactual (BPAC11), mesmo se a aquisição não for concluída, a Telecom Italia poderá se sentir pressionada para desbloquear valor, e uma dessas maneiras seria a venda da TIM Brasil.
“Se a KKR for bem-sucedida em sua oferta esperamos que ela coloque a TIM Brasil à venda. E mesmo que a oferta da KKR não seja aprovada, a oferta potencial por si só pode colocar pressão adicional sobre a atual administração da Telecom Italia para buscas maneiras de desbloquear valor, e vender a TIM Brasil pode ser uma delas”, analisou o banco.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, a situação da Telecom Italia não está nada fácil: a companhia possui uma dívida líquida de 22 bilhões de euros e o presidente-executivo, Luigi Gubitosi, esteve perto de ser demitido.
KKR quer comprar dona da TIM por US$ 12 bilhões
No último domingo (21), a KKR fez uma proposta de € 10,79 bilhões (US$ 12,17 bilhões no câmbio atual) pela Telecom Italia.
A oferta de compra representaria um prêmio de 45% para as ações da Telecom, em comparação com o fechamento da sexta (19), e incluiria a retirada dela das negociações na bolsa, fechando o capital.
O indicativo de interesse é condicionado a um período de quatro semanas de diligência nos números da empresa e ao aval de órgãos do governo italiano. A Telecom Italia está sujeita a poderes especiais do governo italiano, a fim de garantir a segurança nacional.
O fechamento da operação de compra fica condicionado a um período de “due diligence” (auditoria de um investimento para confirmar dados e registros financeiros) de quatro semanas e à aprovação do governo italiano, que tem poder de veto na compra.
O conselho de administração da TIM Brasil, contudo, ainda não deu nenhuma indicação se aprovaria a venda.