As ações da TIM (TIMS3) se destacam positivamente no pregão desta sexta (10), mesmo após a empresa registar uma queda nos lucros no quarto trimestre de 2022. Por volta das 16h15, as ações da empresa de telefonia lideram altas da Bolsa.
No intradia do Ibovespa hoje, as ações da Tim cresciam 4,7%, sendo negociadas ao preço de R$ 11,30. Às 14h56, o crescimento era de 3,61%, ao preço de R$ 11,20.
Desde segunda (6), as ações da TIM já cresceram 0,90%. Segundo o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, os papéis caíram 16,33%.
TIM: balanço do 4T22
A TIM registrou um lucro líquido de R$ 590 milhões no quarto trimestre de 2022, recuo de 23,2% em comparação com o mesmo período de 2021. No panorama anual, o lucro encolheu 18,4%, para R$ 1,7 bilhão.
A baixa no lucro da TIM no 4T22 foi uma consequência do aumento da dívida e das despesas com pagamento de juros. A TIM precisou recorrer a empréstimo para participar do leilão das faixas do 5G e para comprar a rede móvel da Oi (OIBR3) – operação de R$ 16,5 bilhões ao lado de Vivo (VIVT3) e Claro.
O lucro líquido da TIM também sofreu um efeito contábil negativo de depreciação. A rede incorporadora da Oi tinha, por exemplo, antenas em duplicidade com as da TIM e que estão sendo desligadas, gerando baixas no balanço.
A companhia argumenta que a queda no lucro é transitória e será compensada pelo crescimento das operações, com aumento da receita e ganhos de sinergias que melhorarão as margens nos próximos anos.
TIM: análises do balanço do 4T22
Segundo os analistas da XP Bernardo Guttmann e Marco Nardini, o resultado foi impactado pela entrada das torres da Oi e dos custos de leasing.
“O lucro líquido normalizado totalizou R$ 590 milhões, queda de -23% A/A, mas 52% acima das nossas estimativas e 35% acima das estimativas do consenso, devido ao resultado financeiro acima do esperado”, ressaltaram eles.
“Embora concordemos que os ganhos serão fracos em 2023, é um efeito temporário causado pela aquisição dos ativos móveis da Oi”, reforçaram os analistas do BTG Pactual (BPAC11) Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla.
Mesmo com a queda dos lucros, a XP e o BTG mantêm a recomendação de compra da TIM, ambos com preço-alvo de R$ 18.