Analistas do Credit Suisse participaram de um encontro com os executivos da Tim Brasil (TIMS3) na semana passada e, após a reunião, reiteraram a avaliação da empresa de telecomunicações com desempenho superior (outperform), mas reduziram seu preço-alvo em 12 meses, de R$ 20,00 para R$ 16,00.
De acordo com relatório do banco suíço, os temas abordados na conversa com a Tim foram vistos como positivos para o futuro e envolvem grandes eventos, como o leilão do 5G e a conclusão da venda dos ativos móveis da Oi (OIBR3).
O Credit Suisse destaca os seguintes pontos da conversa:
- expectativa de um resultado positivo do leilão do 5G,
- visão de que a venda do Oi Mobile pode ser aprovada ainda este ano,
- competição se tornando mais racional,
- TIM Live e receitas pré-pagas melhorando gradualmente,
- potencial acordo sobre a arbitragem do C6 Bank, e
- uma possível recompra que ainda está em análise.
Com isso, o banco suíço avalia que a consolidação do mercado deve trazer resultados favoráveis para a dinâmica do setor de telecomunicações, o que favorece a Tim.
Riscos do cenário interno
Mas nem tudo são flores. O Credit Suisse rebaixou o preço-alvo da ação da Tim ao verificar um aumento de 200 pontos-base no custo de capital da empresa. Também nesse sentido, o banco reduziu sua estimava de Ebitda em cerca de 1% e de lucro líquido em aproximadamente 15%.
A análise leva em consideração o aumento da inflação, em vista da potencial incapacidade da Tim em repassar os custos ao consumidor. Com isso, o corte no lucro líquido e no Ebitda antevê o aumento das despesas financeiras.
Entretanto, o banco diz que os múltiplos da Tim são atraentes agora, de 3,8 vezes o valor de empresa/Ebitda e de 10 vezes o preço/lucro.
Cotação da Tim nesta quarta (03)
Destaque entre as maiores altas do Ibovespa, a cotação da Tim subia 8,03% às 13h45, com as ações valendo R$ 12,38.