TIM (TIMS3): venda da empresa brasileira está na pauta nas eleições na Itália; entenda
A Tim (TIMS3) se tornou parte da pauta das eleições italianas nesta quinta-feira (18). A controladora da companhia, Telecom Itália, foi mencionada pelo partido político de direita Fratelli d’Italia.
Com o nome traduzido para “Irmãos de Itália”, o partido afirmou que pretende vender e fechar o capital da Telecom Itáli, e se desfazer de sua fatia na operação brasileira para pagar dívidas do grupo.
De acordo com a agência internacional Bloomberg, a Telecom Itália tem dívida líquida ajustada de 24,65 bilhões de euros e prejuízo líquido de 279 milhões de euros, além de receita líquida fde 3,9 bilhões de euros. Os números são do balanço do segundo trimestre de 2022 da empresa.
No último mês, a controladora da Tim anunciou um programa de demissão de 9 mil dos 41 mil funcionários do grupo até 2030. A notícia não foi bem aceita pelo italianos, e também reacendeu uma onda nacionalista.
Além disso, cogita-se a venda de ativos para enxugar a dívida. A proposta partiu do CEO, Pietro Labriola, que deixou a presidência da TIM no começo deste ano para assumir a liderança da Telecom Itália. Ele classificou o projeto como uma das transformações mais significativas da empresa.
O partido está na primeira colocação, segundo institutos de pesquisa, para as próximas eleições em 25 de setembro. Segundo reportagem do Valor Econômico, nenhum outro partido tem chance de vencer o pleito isoladamente.
TIM (TIMS3) registra queda de 54,1% no lucro líquido, para R$ 313 milhões
A TIM (TIMS3) divulgou que teve lucro líquido normalizado de R$ 313 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), queda de 54,1% em relação ao mesmo intervalo de 2021.
O Ebitda normalizado da TIM (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 2,4 bilhões no período, avanço de 18,3% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda caiu 1,4 ponto porcentual, para 46,3%.
“O 2T22 marca um momento de transformação para TIM. Em abril concluímos a aquisição dos ativos móveis da Oi OIBR3) que nos torna ainda mais eficientes nas frentes comercial e de infraestrutura, enquanto transformamos a experiência do cliente com a maior rede do Brasil”, diz o balanço da TIM do 2T22.
A empresa destaca ainda que o trimestre foi impactado por uma forte performance comercial que sustenta a expansão da receita e os patamares de crescimento do Ebitda. “Além disso, temos a incorporação dos resultados financeiros e operacionais da Cozani (empresa que constitui os ativos móveis adquiridos pela TIM) a partir de 1º de maio”, afirma a companhia.
Cotação
As ações da Tim caíram na Bolsa de Valores brasileira nesta quinta, a 1,27%, cotada a R$ 12,47. Nos últimos 12 meses, a empresa acumula alta de 4,26%.