As ações da TIM (TIMS3) operam em forte alta nesta quarta-feira (4), após a divulgação de seu resultado trimestral. Durante o período entre julho e setembro, a companhia lucrou R$ 390 milhões, uma baixa de 30,6% na comparação anualizada. O BTG Pactual (BPAC11), no entanto, enxergou o balanço com bons olhos e reforçou sua recomendação de compra para os papéis.
Por volta das 13h, as ações da TIM subiam 3,26%, para R$ 12,02 — no início do pregão, a alta chegou a ser de 4%, enquanto o Ibovespa subia cerca de 1%.
Segundo a TIM, o recuo do lucro na relação anualizada foi causado sobretudo por conta do Imposto de Renda e contribuição social, uma vez que não houve a distribuição de proventos no período. Com isso, a empresa não pôde deduzir os Juros sobre Capital Próprio (JCP) de sua base de cálculo de impostos.
A receita líquida da companhia, por sua vez, cresceu 1,2% na mesma base comparativa, para R$ 4,38 bilhões. A empresa perdeu parte de seu market share, de 23,9% para 22,8% na comparação anual. A base de clientes de telefonia fixa caiu 5,7%, para 991 mil.
Segundo o BTG, a TIM está negociando a um preço atraente, de 3,8 vezes o EV/Ebitda, enquanto seus pares mundiais negociam a 6 vezes o indicador. Além disso, a instituição salienta que o setor tem passado por uma transformação saudável no Brasil.
Em função disso, segundo o relatório, o banco de investimento pontua que enxerga na TIM uma vantagem adicional significativa de uma potencial transação de M&A envolvendo a área móvel da Oi (OIBR3). Considerando que a venda da operação saia por R$ 16,5 bilhões, o BTG estima sinergias de até R$ 3,5 por ação.
Com isso, o preço-alvo do banco para as ações da TIM, para os próximos 12 meses, passou de R$ 16,50 para R$ 20, representando um upside de 66% sobre a cotação atual.