TIM (TIMS3) tem 2T22 sólido com aquisição da Oi Móvel, diz XP; recomendação é de compra

Na noite de segunda-feira (1º), a TIM (TIMS3) divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2022 (2T22), com lucro líquido normalizado de R$ 313 milhões, queda de 54,1% em relação ao mesmo intervalo de 2021. Mesmo com baixa no lucro, a XP Investimentos acredita que a empresa reportou resultados sólidos, e acima das expectativas.

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Os analistas lembram que a receita de serviços cresceu 21,9% na comparação anual, acima dos números projetos e do consenso. “Esse é o primeiro trimestre consolidando a Oi Móvel (concluída faz 2 meses)”, destacam.

A receita de Serviço Móvel (RSM) totalizou R$ 4,9 bilhões no 2T22 (R$ 4,5 bilhões excluindo os efeitos da aquisição dos ativos móveis da Oi), crescendo 23% sobre mesmo período do ano passado, enquanto a receita de telefonia fixa registrou um crescimento de 7,1% no trimestre, além de +10% a/a na TIM Live.

“O sólido crescimento orgânico da receita móvel foi impulsionado principalmente pelo desempenho comercial positivo e um ambiente competitivo mais racional”, diz o relatório.

A XP reiterou a recomendação de compra das ações da TIM, com preço alvo de R$ 22 para o final de 2022.

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Houve forte crescimento no quesito de telefonia móvel após a consolidação do mercado. “O sólido crescimento orgânico móvel foi impulsionado pela boa execução nos segmentos pré-pago e pós-pago que levaram a TIM a aumentar seu ARPU móvel (ex-Oi) em 10,7%”, afirma a XP.

De acordo com o balanço do 2T22 da TIM, esse desempenho foi impulsionado por:

  • Mudanças na estrutura e preços dos planos;
  • Ambiente competitivo racional;
  • Auxílios e benefícios governamentais que compensam outros elementos negativos do ambiente macroeconômico;
  • migração antecipada e voluntária de clientes da Oi (OIBR3) para a base da TIM.

Sobre a rentabilidade do 2T22, o Ebitda normalizado cresceu 18,3%, atingindo R$ 2,4 milhões (excluindo R$ 50,3 milhões referentes à aquisição dos ativos da Oi Móvel). A margem Ebitda atingiu 46,3%, uma contração de 1,4 ponto percentual sobre a comparação, -0,6 p.p. abaixo da projeção da XP, explicada principalmente pelos custos relacionados ao aluguel de rede I-Systems (FiberCo), maior inflação e TSA.

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Os analistas da XP ressaltam que, ao excluir os efeitos relacionados ao aluguel de rede da I-Systems, o Ebitda normalizado totalizou R$ 2,55 milhões no 2T22, um aumento de 21,8% a/a, e a margem Ebitda atingiu 47,7%, número estável sobre o 2T21.

A Dívida Líquida/Ebitda aumentou para 1,7 vez (vs. 0,7 vez no 1T22), principalmente devido aos arrendamentos financeiros decorrentes da aquisição dos ativos móveis da Oi (R$ 2,9 bilhões).

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Cotação da TIM

Nesta terça-feira (2), as ações da TIM operam em queda de 1,20%, cotadas a R$ 12,32, às 14h12. No ano, acumula perdas de 2,30%.

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Victória Anhesini

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