Oi (OIBR3): TIM não vê motivos para não dar continuidade à compra
Segundo a TIM (TIMP3), mesmo com os impactos econômicos do novo coronavírus (Covid-19), não há razões para não dar continuidade ao processo de compra parcial da Oi (OIBR3). A declaração foi realizada pelo CEO da companhia, Pietro Labriola, em reunião com os analistas do setor do Santander (SANB3) na última semana.
Após a reunião, o banco divulgou um relatório, assinado pela analista Maria Tereza Azevedo, o qual diz que “a administração da TIM não vê um bom motivo para não avançar com a potencial consolidação do setor neste momento”. Em 11 de março deste ano, a subsidiária italiana e a Telefônica (VIVT3), controladora da Vivo, demonstraram interesse em iniciar as negociações para dividirem os ativos da Oi Móvel.
Segundo o fato relevante, as companhias ficariam com uma parcela do negócio, caso esse se concretizasse. Além disso, o documento indica como “a transação, se concretizada, criará valor a nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. Além disso, contribuirá para o desenvolvimento da competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.
À época, Labriola disse, em um comunicado interno, que a negociação será longa e sujeita à revisão dos órgãos reguladores do mercado das telecomunicações no Brasil.
Segundo especulações do mercado, a TIM deverá ficar com cerca de 60% a 70% dos ativos da Oi Móvel que, de acordo com uma estimativa divulgada pelo banco Credit Suisse na última quarta-feira (15), estão avaliados em R$ 15 bilhões.
O relatório revela que “com um forte balanço patrimonial, o CEO da TIM espera que uma potencial consolidação no mercado envolvendo os ativos da Oi (iniciada em março com o interesse público da TIM/Vivo) provavelmente aconteça em 2020, e ele descarta um cenário de guerra de ofertas”.
Embora não considere que o coronavírus vá fazer com que as negociações sobre a Oi emperrem, Labriola disse ao Santander que os impactos da pandemia dependerão da amplitude das medidas de isolamento social em prol da contenção da disseminação da doença. No relatório, Azevedo reitera que as atividades do segmento pré-pago da empresa caíram entre 20% e 30% desde o início de março.