A TIM Brasil (TIMP3) registrou um lucro líquido normalizado de R$ 164 milhões no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é correspondente a alta de 8,3% quando comparado com o mesmo período no ano anterior. O lucro líquido contábil subiu 34,8% no período, a R$ 162 milhões neste ano ante R$ 120 milhões em 2019.
A receita líquida da TIM apresentou um crescimento de 0,6%, em comparação com janeiro a março de 2019, totalizando R$ 4,2 bilhões. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,9 bilhão, alta de 8%.
Por sua vez, a margem Ebitda cresceu de 42,6% para 45,7%, devido ao aumento da receita e dos cortes gastos. Os custos operacionais normalizados alcançaram R$ 2,2 bilhões, queda de 4,9%. O resultado financeiro foi negativo em R$ 255 milhões.
Os dados normalizado excluem receitas e despesas associados aos contratos comerciais e são ajustados por impostos diferidos.
Receio sobre Cade pauta negociações de TIM e Vivo sobre a Oi
As negociações sobre a possível venda da parte de telefonia móvel da Oi (OIBR3) para as operadoras TIM e Telefônica (VIVT3) têm um componente central para além do preço dos ativos: o receio de uma interferência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no negócio.
O SUNO Notícias apurou que as equipes de advogados especializados em fusões e aquisições têm se debruçado há dias para analisar as possibilidades de veto do órgão. Por isso, as empresas devem fatiar a compra da Oi Móvel, em algo em torno de 70% para a TIM, e 30% para a Telefônica, para não concentrar ainda mais o mercado.
Saiba Mais: Oi (OIBR3): receio sobre Cade pauta negociações de TIM e Vivo
O Cade é o responsável por “zelar pela livre concorrência no mercado” e por “decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial”, segundo definição do órgão. Ou seja, é o Cade que deve aprovar ou não o negócio dado os requisitos de livre concorrência do mercado.
De acordo com a consultoria Teleco, a participação de mercado está dividida atualmente da seguinte forma:
- Telefônica (Vivo) – 32,9%
- Claro – 24,1%
- TIM – 23,7%
- Oi – 16,2%
“Por isso, apesar da sinergia do negócio para as duas, há a necessidade de decidir qual ativo ficará a cargo de qual empresa, já que o percentual maior deve ficar com a TIM. Tem sido um trabalho homérico”, afirmou.