TikTok: Senado dos EUA proíbe aplicativo chinês em celulares do governo
O Senado dos Estados Unidos votou e aprovou por unanimidade, nessa quinta-feira (6), um projeto de lei proibindo que funcionários do governo ou membros do Congresso baixem ou usem o aplicativo chinês TikTok em dispositivos cedidos pelo governo americano.
O projeto de lei é do senador republicano Josh Hawley, cujo serviço de imprensa usou o twitter para salientar que “o TikTok representa um grande risco à segurança e não tem lugar nos dispositivos do governo”.
Além disso, em comunicado, o senador destacou: “estou encorajado pelo apoio bipartidário que tivemos para responsabilizar o Partido Comunista Chinês e isso inclui … responsabilizar as empresas que apenas aceitam as exigências da China”. “E, se tenho algo a dizer sobre isso, não vamos parar por aqui”, completou.
A votação do projeto de lei, vem enquanto a rede social chinesa enfrenta ameaças de proibições nos EUA e em outros países ao redor do mundo. O governo norte-americano acusa a plataforma de ser usada pelo governo chinês para espionar cidadãos e empresas estadunidenses.
Por sua vez, uma porta-voz do aplicativo da ByteDance informou à ‘Reuters’ que a maior prioridade da companhia é proporcionar uma experiência livre de perigo que proteja a privacidade dos usuários.
TikTok irá instalar seu primeiro data center europeu na Irlanda
Frente a essas tensões, a rede social chinesa comunicou nessa quinta-feira que instalará seu primeiro data center europeu na Irlanda.
Com isso, a empresa irá expandir sua presença no país onde já possuía um centro para lidar com questões regulatórias locais. O anúncio acontece após a ByteDance informar que mantinha planos para mudar a sede do aplicativo para fora dos Estados Unidos.
A companhia investiu 420 milhões de euros do TikTok na Irlanda em meio às tensões entre os governos de Washington e Pequim. Vale lembrar que a disputa geopolítica entre as duas maiores potências econômicas do mundo se estende desde um conflito comercial, passando pelo atrito na província de Hong Kong, até a gestão da pandemia de covid-19.