O TikTok, aplicativo que recentemente ganhou popularidade ao redor do mundo, enviou nesta sexta-feira (3) uma carta ao governo indiano onde nega qualquer relação entre o governo Chinês e a empresa. A Índia proibiu o TikTok e dezenas de outros aplicativos móveis chineses em retaliação a um conflito com o país.
Em resposta à proibição, que foi dada por motivos de segurança cibernética, o novo CEO do TikTok, Kevin Mayer, disse que as autoridades chinesas nunca solicitaram os dados de seus usuários indianos e, mesmo que tivessem pedido, a empresa não compartilharia nenhuma informação de seus usuários.
“A privacidade de nossos usuários, e a segurança e soberania da Índia são de extrema importância para nós”, disse Mayer em uma carta enviada às autoridades indianas.
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A empresa Bytedance, sediada em Pequim, é dona da TikTok. Mayer, um americano que assumiu o comando da companhia em junho, saiu do seu posto na Disney para se encarregar da expansão global da empresa. Analistas do setor alegam que ele poderia ser o responsável pelos esforços recentes da Bytedance, e do TikTok principalmente, para o distanciamento da organização de suas origens chinesas.
Na carta, Mayer disse que os dados dos usuários indianos estão localizados em servidores na Cingapura, e a empresa planeja também construir um centro de dados na Índia. O executivo informou que a companhia tem escritórios e clientes em todo o mundo e que o TikTok não está disponível no mercado chinês.
Índia proíbe TikTok e outros 58 aplicativos chineses
O governo da Índia proibiu na última segunda-feira (29) o uso de 59 aplicativos chineses, entre os quais o popular TikTok em todo seu território. A decisão do Executivo de Nova Delhi ocorre após o aumento das tensões contra a China na área fronteiriça do Ladakh.
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Segundo o governo da Índia, aplicativos como o TikTok estavam envolvidos em atividades consideradas prejudiciais à soberania, integridade e defesa nacional. Além disso, a decisão foi tomada para garantir a segurança e a soberania do ciberespaço indiano, afirmou.