O TikTok pretende entrar na guerra do comercio eletrônico no Brasil a partir de 2023. Segundo informações divulgadas nesta sexta (18), a rede social de vídeos curtos quer disputar mercado com a Amazon (AMZO34) e o AliExpress, mas a iniciativa também pode impactar varejistas como o Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Americanas (LAME4) e Via Varejo (VIIA3).
De acordo com o site NeoFeed, a ferramenta TikTok Shop pode chegar ao Brasil a partir do primeiro trimestre de 2023. Para isso, a empresa já começou a contratar colaboradores com experiência em e-commerce.
No LinkedIn, há pelo menos 15 vagas abertas para posições atreladas a essa iniciativa. Procurada pelo veículo, a rede social não quis se manifestar.
Na China, a ferramenta de vendas online do TikTok já movimentou mais de US$ 100 bilhões. Em 2021, os negócios fechados dentro da plataforma somaram uma quantia superior a US$ 10 bilhões.
No Ocidente, essa iniciativa já foi lançada no Reino Unido, mas não alcançou o sucesso esperado pela gigante dos vídeos curtos.
A estratégia de vendas dentro do aplicativo consiste em live commerce, transmissões ao vivo com demonstrações dos produtos e serviços e a possibilidades de compra dentro do próprio app — uma versão atualizada do que é feito por empresas como Polishop e Shoptime na TV.
Para a operação nacional, a empresa estuda contar com uma logística própria para assegurar a qualidade de entrega, além do investimento nas transmissões ao vivo e na parceria com fornecedores da China.
Live commerce no Brasil
A iniciativa de live commerce ganha espaço no Brasil de forma lenta, e é utilizada principalmente em ações específicas, como a Black Friday. No ano passado, a Americanas fez uma parceria com a chinesa OOOOO para essa época de liquidações e repetirá a técnica na atual temporada de promoções.
Segundo dados da consultoria alemã Statista, o Brasil é o segundo país mais ativo dentro da rede social, atrás apenas da China. Esse engajamento pode ampliar o resultado das vendas dentro da rede social.
Rival do TikTok, o Kwai já atua no Brasil com uma plataforma de live commerce.