Os EUA estão estudando banir o uso de aplicativos chineses de mídia social, incluindo o TikTok. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse na última segunda-feira (6) que as empresa têm compartilhado informações com o governo do país asiático.
As alegações do tipo são constantemente negadas pela China. Em entrevista à “Fox News”, Pompeo disse que não queria se antecipar frente do presidente Donald Trump, “mas [o compartilhamento] é algo que estamos vendo”. Recentemente, autoridades estadunidenses levantaram certa preocupação com o uso do TikTok.
Segundo os legisladores, o aplicativo pode representar uma ameaça à segurança nacional com dados dos usuários à disposição da empresa. Leis chinesas exigiriam que companhias como o TikTok “apoiem e cooperem com o trabalho de inteligência controlado pelo Partido Comunista Chinês“.
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O secretário de Estado dos EUA ressaltou que os cidadãos norte-americanos devem ser cautelosos ao utilizar a rede social — a qual é de propriedade da chinesa ByteDance. Quando questionado se recomendaria que as pessoas baixassem o TikTok, Pompeo disse que “somente se você quiser suas informações privadas nas mãos do Partido Comunista Chinês”.
Em nota à agência de notícias “Reuters”, a empresa afirmou que “não temos prioridade maior do que promover uma experiência segura e segura para nossos usuários. Nós nunca fornecemos dados do usuário ao governo chinês, nem o faríamos se solicitado”.
TikTok procura desvencilhar-se da imagem chinesa
O TikTok, em meio à sua tentativa de não atrelar sua imagem à China, já não atua no país. Além disso, a empresa também informou que sairia do mercado de Hong Kong em pouco tempo, após a criação de uma nova lei de segurança nacional da China sobre a cidade semi-autônoma.
Recentemente, o TikTok foi banido da Índia, junto a outros 58 aplicativos de origem chinesa, após um conflito entre os países.
Saiba mais: TikTok envia carta ao governo indiano para evitar banimento no país
A declaração de Pompeo também vem meio às tensões da guerra comercial entre EUA e China, além questionamentos sobre o tratamento e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) por parte dos asiáticos — portanto, não se trata somente de uma questão relacionada ao TikTok.
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