Tiffany é comprada por grupo controlador da Louis Vuitton
A controladora da Louis Vuitton e da Bulgari, a LVMH, informou nesta segunda-feira (25) que irá assumir as operações da Tiffany & Co. por US$ 16 bilhões.
A LVMH divulgou que chegou a um acordo com a Tiffany, a avaliando em US$ 135 por ação. A aquisição dá vida à tradicional marca norte-americana, que enfrenta uma baixa demanda tanto nos EUA como no exterior.
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Esta é a maior compra da história da LVMH sob o comando de Bernard Arnault, um dos homens mais ricos do mundo, principal executivo e acionista controlador do grupo de luxo há cerca de 30 anos.
O grupo controlador de 75 marcas está avaliado em US$ 220 bilhões, com uma receita anual de US$ 50 bilhões e possui uma grande participação no mercado de artigos de luxo. A marca mais forte é a Louis Vuitton que, segundo algumas estimativas, equivale a 25% da receita do grupo. A empresa vende artigos de couro em mais de 450 lojas ao redor do planeta.
Tiffany passa a ser uma das principais marcas de luxo do grupo
Já a Tiffany, especialista em pulseiras, anéis e diamantes, possui 300 lojas e levanta cerca de US$ 4,4 bilhões por ano em receita. Desse valor, cerca de US$ 2 bilhões vem da Ásia, seu principal mercado consumidor.
A marca de 182 anos está procurando se reestruturar por meio de seu novo executivo-chefe, o CEO Alessandro Bogliolo. A Tiffany promoveu uma expansão para a China e se ramificou em joias de moda, com o objetivo de seduzir uma clientela mais jovem em todo o mundo.
Os rumores da negociação começaram em meados de outubro, quando o executivo da LVMH, Antonio Belloni, almoçou em Nova York com Bogliolo. Os executivos da Tiffany mostraram-se abertos a uma negociação, pois, segundo eles, seria o melhor meio para uma recuperação, com o apoio da LVMH.
Nas últimas semanas, as negociações se concentraram em encontrar um preço mais justo para o valor histórico da Tiffany. Os representantes da companhia na negociação acreditavam que o grupo aceitaria uma oferta de US$ 120 por ação.
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As ações da Tiffany na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), na última sexta-feira (22), subiram com a expectativa da conclusão do negócio, encerrando o pregão cotadas a US$ 125,51.
A compra da multinacional norte-americana elevaria a exposição da LVMH ao segmento de joias. O grupo francês também possui a Bulgari e os relojoeiros de luxo Hublot e TAG Heuer.
Segundo o jornal “Wall Street Journal”, os executivos da LVMH enxergam a Tiffany como uma “bela adormecida”, um nome ainda com um grande futuro, mas que ficou de fora da recente expansão do mercado de joias, de acordo pessoas familiarizadas com a situação.