Não há texto alternativo à reforma da Previdência, diz secretário
Nesta segunda-feira (20), o secretário da Previdência, Rogério Marinho, afirmou que não será apresentado por deputados um texto alternativo à proposta da reforma da Previdência. Na verdade, conforme o secretário, houve “ruído” de comunicação.
“Não há dificuldade, o que houve foi um ruído de comunicação. O próprio presidente [da comissão especial da reforma da Previdência], Marcelo Ramos, deu uma segunda declaração nesse sentido, para toda a imprensa, dizendo que as alterações que poderão ocorrer serão em cima do projeto apresentado pelo governo, como sempre foi no parlamento”, disse o secretário.
Ruído de comunicação
Na última sexta-feira (17), Ramos afirmou que os parlamentares apresentariam uma proposta de alteração nas regras previdenciária.
Já no último sábado (18), o líder do governo na Câmara dos Deputados, major Vitor Hugo, afirmou que poderia apoiar um eventual texto alternativo da reforma.
E no último domingo (19), Marinho se reuniu com presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o relator da proposta, Samuel Moreira, para discutir a situação.
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O secretário afirmou ainda que o Parlamento “aponta no sentido de fazer algumas modificações, mas a base é o texto do governo.”
Além disso completou, “esse é o momento em que o protagonismo está com o Congresso Nacional. O texto está na comissão especial. A própria dinâmica do processo e a legislação pressupõe que as modificações serão feitas pelo parlamento brasileiro.”
Alterações no texto
Marinho não descarta a possibilidade de mudanças na proposta, “o governo não tem prerrogativas de não ter erros. Evidente que há uma possibilidade e aperfeiçoamento do projeto. O congresso é um contrapeso democrático”.
Ainda sobre possíveis alterações o secretário afirma que se for de acordo com os moldes do governo, certamente haverá apoio.
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“Se o relatório for na linha do que estamos acreditando, evidente que haverá apoio do governo para o relatório. Nos interessa o impacto fiscal e a preservação da linha mestra que foi apresentada no projeto enviado,” disse Marinho.
O governo espera uma redução de ao menos R$ 1 trilhão em uma década com a reforma da Previdência. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro, admitiu que estima uma redução de R$ 800 bilhões. Já os parlamentares calcularam o valor estimado em R$ 600 bilhões.