O Senado dos Estados Unidos concluiu, nesta quinta-feira (1), o acordo bipartidário do aumento do teto da dívida nos EUA e do corte dos gastos orçamentários. Contando com o apoio tanto de democratas quanto de republicanos, o documento agora é encaminhado ao presidente Joe Biden. A expectativa é que o projeto se torne lei antes da segunda-feira, 5 de junho, data em que o Departamento do Tesouro estimava que o governo ficaria sem recursos para honrar seus compromissos caso o teto da dívida não fosse elevado.
Alívio para Biden: aprovação de suspensão do teto da dívida antes do default
A aprovação do texto ocorreu no final da noite desta quinta-feira (1) com 63 votos a favor e 36 votos contra. O pacote foi resultado de um longo processo de negociações entre Biden e o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, destacou a importância do projeto ao afirmar que ele evita a inadimplência, permitindo que a América respire aliviada. O democrata ainda ressaltou que “as consequências do calote seriam catastróficas”, com potencial para desencadear outra recessão e afetar milhões de famílias americanas.
As consequências da inadimplência
A elevação do teto da dívida foi uma medida crucial para evitar um possível default dos Estados Unidos, que teria impactos negativos não apenas na economia norte-americana, mas também em escala global. A inadimplência poderia levar a uma perda de confiança dos investidores, aumento das taxas de juros, desvalorização do dólar e instabilidade nos mercados financeiros.
O acordo bipartidário alcançado visa não apenas elevar o limite da dívida, mas também implementar cortes nos gastos orçamentários. Essa combinação busca equilibrar as contas públicas e lidar com a questão do endividamento do país.
A negociação entre os dois principais partidos políticos americanos não foi fácil, com críticas de ambos os lados sobre como lidar com o impasse repercutindo inclusive nas redes sociais de Biden e McCarthy por meses.
Agora, com a aprovação final no Senado, o projeto de teto da dívida nos EUA será encaminhado para o presidente Joe Biden, que deve sancioná-lo para que se torne lei. A expectativa é que isso ocorra antes da segunda-feira, prazo estimado pelo Departamento do Tesouro para que o governo fique sem recursos suficientes.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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