O título NTN-B (Nota do Tesouro Nacional Série B) pagou R$ 173 bilhões aos investidores nesta segunda-feira (15), data de vencimento da aplicação.
Esses papéis chamaram a atenção nos últimos meses em razão do aumento da sua rentabilidade no mercado secundário, ou seja, dos títulos distribuídos pelos bancos e corretoras.
Chamados de Tesouro IPCA+ esses títulos oferecem rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros. Como o país registrou deflação em julho, esses títulos se valorizaram, sendo negociados de IPCA + 5% para taxas que chegaram a até IPCA +21%.
Isso ocorre porque a taxa prefixada pode variar de acordo com as condições de mercado.
Quando um investidor permanece com os títulos até a data de vencimento, ele recebe o valor da rentabilidade definida no momento da compra, independentemente das variações de preço do título ao longo da aplicação. No entanto, quando o resgate é antecipado, o Tesouro Nacional recompra o título com base no valor de mercado.
Por serem antigos, esses títulos não estavam mais disponíveis para compra no Tesouro Direto, que é o sistema do governo. Investidores interessados nesse papel podiam encontrá-lo apenas nas plataformas de investimento de algumas corretoras.
Principal índice usado para medir o aumento de preços no país, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou uma deflação de 0,68% no mês de julho, segundo o IBGE. No ano, porém, acumula alta de 4,77%. E nos últimos 12 meses, a inflação é de 10,07%.
Por isso, antes de comprar um título é importante que o investidor avalie se a rentabilidade final ficará acima da inflação acumulada durante o tempo em que o dinheiro ficou aplicado.
Em 2015, o Tesouro Direto mudou a nomenclatura dos seus títulos para versões mais intuitivas, relacionadas às formas de remuneração de cada papel. Assim, o NTN-B passou a se chamar Tesouro IPCA com Juros Semestrais.