O Tesouro Nacional informou ao mercado nesta segunda-feira (4) que irá fazer uma captação externa por intermédio da emissão de títulos no mercado internacional. O bônus em dólar, que será emitido, tem vencimento para 2029 e 2050.
O bond com vencimento em 2050, com cerca de 30 anos de prazo, será o título da dívida externa com prazo maior. Antes desse anúncio do Tesouro Nacional, o papel com maior prazo de resgate vencia em 2047. A operação será coordenada por:
- BNP Paribas;
- Citi;
- Goldman Sachs.
De acordo com o Tesouro Nacional, o objetivo da operação é tornar os benchmarks da curva denominada em dólares mais eficientes. Vale ressaltar que o resultado das emissões no mercado externo já irá sair nesta segunda, ao final do dia.
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De acordo com fontes da “Bloomberg”, o Brasil tem como objetivo captar US$ 500 milhões com a reabertura de bonds com vencimento em 2029. Os recursos serão utilizados para refinanciamento, recompra, resgate ou retirada de títulos das dívidas, inclusive para pagar títulos em circulação que podem ser comprados conforme a oferta concorrente. Além disso, os recursos também serão usados em parte para fins orçamentários gerais do Governo Federal.
Dívida pública deve começar a recuar em 2023, diz Tesouro Nacional
Mesmo após a aprovação da reforma da Previdência e a execução do teto de gastos, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deve começar a cair em 2023, segundo o Tesouro Nacional. A projeção está no relatório divulgado pelo Banco Central (BC) na semana passada.
De acordo com o Tesouro, a dívida pública, que considera o endividamento bruto da União, dos estados e dos municípios, deverá acabar o ano em 80,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e permanecer em alta até chegar em 81,8% em 2022.
Levando em consideração o retorno dos superávits primários, que é a garantia de pagamento dos juros da dívida pública, a dívida bruta começaria a cair lentamente em 2023, até chegar a 73,5% do PIB em 2028.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegaria ao ponto mais alto de de 64,8% do PIB em 2024. A partir do ano seguinte, cairia até chegar em 61,5% em 2028.
O panorama estudado pelo Tesouro Nacional leva em consideração o crescimento médio anual de 2,44% do PIB de 2020 a 2028 e taxa básica de juros (Selic) por volta de 6,59% ao ano no durante este período.