Com a escalada da taxa Selic, os títulos do Tesouro Direto estão se tornando cada vez mais atrativos aos olhos dos investidores. É o que revelam dados divulgados nesta quarta (30) sobre o total de investidores, que atingiu recorde em fevereiro.
O número de investidores ativos no Tesouro Direto chegou à marca de quase 1,9 milhão em fevereiro deste ano. Esse é o maior número de investidores da série histórica, iniciada em agosto de 2005.
Na comparação com o fevereiro de 2021, esse valor representa um aumento de 26,7%. Já em relação a janeiro, houve registro de 35 mil novos investidores ativos, segundo o balanço do Tesouro Direto.
De acordo com o documento, a participação do público feminino entre os investidores cadastrados recuou nos últimos 12 meses. O número total de investidores cadastrados era de 17,3 milhões – 71% homens e 29% mulheres.
Em fevereiro do ano passado, o número total de investidores do Tesouro Direto era de 9,8 milhões, sendo 33% mulheres e 67,1% homens.
Investimentos queridinhos do Tesouro Direto
O papel mais buscado pelos investidores é o Tesouro Selic, que totaliza participação de 60% das vendas de fevereiro. O número de investidores nesse ativo vem aumentando gradualmente porque está diretamente atrelado à taxa básica de juros (Selic) – atualmente em 11,75%, com projeção de subir até 13% ao fim deste ano.
Além disso, papéis com remuneração atrelada à inflação (pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA) representaram 29% das vendas. Os prefixados corresponderam a cerca de 11%.
Já em relação aos prazos, os títulos de prazo curto, ou seja, entre um e cinco ano, alcançaram 55,7% do total. As aplicações em ativos com vencimento acima de 10 anos representaram 12,74%, enquanto os títulos com vencimento médio, de 5 a 10 anos, corresponderam 31,55% do total.
O valor médio por operação nos títulos do Tesouro Direto foi de R$ 6.448,42. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 62,18% das operações de investimentos no mês de fevereiro.