O déficit da Seguridade Social aumentou em 2019 e fechou o ano com um rombo de R$ 304,2 bilhões, de acordo com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), divulgado pelo Tesouro Nacional. O déficit resulta da diferença entre receitas de R$ 750,1 bilhões frente as despesas de R$ 1,05 trilhão.
Desconsiderando o recaimento da Desvinculação das Receitas da União (DRU), o déficit seria de R$ 211,9 bilhões. De acordo com o Tesouro, a maior despesa de 2019 foi com o pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), com o total de R$ 628,4 bilhões.
No ano anterior, a conta da seguridade social era deficitária em R$ 280,6 bilhões, mais de 123% menor.
Desde 2012, segundo o levantamento do Tesouro, existe um rombo na Seguridade, mesmo não levando em consideração a incidência da DRU (resultado negativo de R$ 21,2 bilhões), seguido pelos sucessivos aumentos dos gastos previdenciários. Naquele ano, o déficit era de R$ 76,04 bilhões.
Tesouro receberá R$ 10 bilhões da Caixa
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou, no dia 22 de janeiro, que o banco devolverá ao menos R$ 10 bilhões para o Tesouro Nacional em 2020.
Segundo Guimarães, a projeção de R$ 10 bilhões está baseada nos resultados financeiros das operações da Caixa neste ano. Dessa forma, o valor devolvido ao Tesouro pode ser ainda maior caso o banco obtenha resultados positivos em alguns eventos aguardados para este ano, sendo eles:
- IPOs das unidades de seguros e cartões de crédito;
- venda de participação no Banco Pan (BPAN4);
- criação de dois fundos imobiliários com ativos próprios.
“Se realizarmos as aberturas de capital, devolveremos mais e mais rápido”, afirmou o presidente do banco estatal.
Saiba mais: Déficit primário do governo central soma R$ 95 bilhões em 2019
No ano passado, o banco devolveu R$ 11,35 bilhões aos cofres públicos, incluindo o Tesouro. O montante faz parte de um acordo entre o CEO da estatal e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para reequilibrar as contas públicas e tirar o banco de operações consideradas como “loucura” por Guimarães.
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