O Tesouro Nacional informou na última quarta-feira (3) a emissão de US$ 3,5 bilhões (R$ 17,8 bilhões) em títulos da dívida externa no mercado internacional.
Os recursos, segundo o governo, vieram da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em junho de 2025 (US$ 1,25 bilhão) e vencimento em junho de 2030 (US$ 2,25 bilhões).
De acordo com o Tesouro, a taxa obtida na emissão dos papéis de dez anos, com vencimento em 2030, somou 4% ao ano. Embora os juros estejam maiores que o da última emissão desse tipo de papel, em novembro do ano passado, continuam inferiores aos 4,7% ao ano obtidos na penúltimo emissão, em março de 2019.
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Para o título de cinco anos, a taxa somou 3%. O Brasil não emitia títulos com prazo curto desde junho de 2004, dessa forma, o Tesouro não pode fazer uma comparação.
As taxas nos papéis de dez anos ficaram próximas dos níveis observados antes da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A diferença entre os títulos brasileiros de dez anos e do Tesouro norte-americano com o mesmo prazo (spread) subiu. A taxa do papel brasileiro foi de 324,3 pontos-base maior que a dos Estados Unidos. Trata-se da maior diferença desde junho de 2005. Para os papéis de cinco anos, o spread atingiu 263,1 pontos.
Tesouro Nacional fez emissão de títulos em dólar na quarta
Na última quarta-feira (3), o Governo Federal anunciou, por meio do Tesouro Nacional, que concedeu mandato para emissão de títulos em dólares no mercado internacional.
As emissões começaram ontem e são voltadas a investidores estrangeiros, já que no Tesouro Direto só é possível comprar títulos nacionais. A operação será liderada pelos seguintes bancos:
- Bank of America;
- Deutsche Bank;
- Itau BBA;
- JP Morgan.
O objetivo da operação anunciada na quarta é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de “promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”.