A Tesla (TSLA34) decidiu elevar os salários de funcionários de sua fábrica na Alemanha em meio a uma agressiva campanha de sindicalização.
A decisão da Tesla ocorre em um momento em que o CEO da montadora de veículos elétricos, Elon Musk, está sujeito a enfrentar situações semelhantes nos EUA.
A diretoria da Tesla na Alemanha revelou, no fim da semana passada, um pacote de aumentos salariais para os trabalhadores locais durante visita de Musk à fábrica, que fica nos arredores de Berlim, segundo informou a empresa nesta segunda-feira (6). Musk também prometeu que a unidade produzirá o veículo de nova geração da Tesla.
A Tesla vem sendo pressionada pelo poderoso sindicato alemão IG Metall, que tenta convencer a companhia a aceitar um acordo sindical.
Já na Suécia, um sindicato industrial menor que representa trabalhadores do setor de serviços da Tesla está em greve e deve ter reunião com representantes da empresa ainda hoje, na tentativa de obter um contrato de negociação coletiva.
Os anúncios na Europa ocorrem num momento em que o sindicato automotivo United Auto Workers (UAW, pela sigla em inglês) mira as fábricas da Tesla nos EUA.
Depois de fechar contratos recordes com montadoras de Detroit, o UAW aposta que atrairá trabalhadores não sindicalizados para suas fileiras.
Nas recentes vitórias do sindicato, a Toyota disse na semana passada que irá aumentar os salários da maioria de seus trabalhadores de fábricas nos EUA, que não são sindicalizados.
A sindicalização de trabalhadores da Tesla nos EUA e na Europa tenderia a impulsionar ainda mais os custos da empresa, que já está com os lucros pressionados e vem reduzindo os preços de seus veículos em resposta à desaceleração do crescimento.
Com Estadão Conteúdo
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