Terra Forte entra com pedido de recuperação judicial

A Terra Forte, uma das maiores exportadoras de café do Brasil, abriu processo para um pedido de recuperação judicial. A informação foi repassada nesta quarta-feria (10) pelo escritório de advocacia que representa a empresa.

De acordo com o escritório Freire Assis Sakamoto Violante Advogados, a Terra Forte deseja reestruturar R$ 1,1 bilhão em dívidas. Além disso, os advogados disseram que a exportadora quer levantar R$ 60 milhões em capital de giro de curto prazo com o objetivo de continuar com as operações. O total da dívida é de R$ 1,05 bilhão.

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No seu melhor momento, a Terra Forte chegou a exportar 6,5% de todo o café brasileiro. Em 2008, foi considerada o maior produtor individual do mundo, com 18 milhões de pés de café. Hoje, a empresa tem capacidade de embarcar cerca de 2,5 milhões de sacas de café. Além disso, está entre as cinco maiores exportadoras do produto no Brasil.

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Os principais credores da Terra Forte são bancos e instituições financeiras. Dentre eles, está o:

  • Bradesco, com R$ 140 milhões;
  • Banco do Brasil, com R$ 120 milhões;
  • Banco Cargill, com R$ 110 milhões;

De acordo com os sócios do escritório responsável pelo caso, os advogados Alexandre Faro e Gabriel Freire, o baixo preço do café prejudicou a empresa. O empresário João Faria, dono do Grupo Terra Forte, imaginou que o valor da saca estaria em R$ 550. Porém, hoje ela está em R$ 350.

A cotação do café arábica no mercado de Nova York é um dos mais baixos em 13 anos. Produtores de todo o mundo estão sentindo a baixa do produto.

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Para tentar contornar a crise, a Terra Forte deve vender alguns ativos. Um fundo americano levantou a possibilidade de comprar a empresa. Porém, o negócio não foi para frente. As terras da companhia estão divididas no sul de Minas Gerais e na região Noroeste do Estado de São Paulo.

Renan Dantas

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