O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu nesta sexta (8) aumentar o número de usinas termelétricas acionadas. A finalidade é preservar reservatórios de hidrelétricas cujo nível da água está baixo em razão da falta de chuva.
O comitê informou que a partir deste sábado (9) o governo vai acionar as usinas termelétricas dos subsistemas Sudeste, Centro-Oeste e Sul que tenham custo de geração de energia de até R$ 588,75 por megawatts-hora (MWh).
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O volume de chuvas tem sido abaixo da média histórica nos últimos dias. O objetivo, portanto, é preservar o reservatório das hidrelétricas, tendo em vista “as previsões meteorológicas para os próximos dias”, segundo nota do CMSE.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) “deve considerar a oferta de importação de energia do Uruguai e Argentina como recurso adicional” para preservar os reservatórios do País, segundo o comitê.
Apesar da baixa nas chuvas e dos níveis historicamente baixos, o governo informa que o suprimento de energia para 2019 está garantido. “Há recursos energéticos disponíveis, inclusive além dos montantes já despachados de usinas termelétricas“, diz o CMSE.
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Termelétricas e hidrelétricas
Como as usinas termelétricas utilizam combustível, como óleo e gás, para produção de energia – em vez de se valer do potencial da água contida em represas elevadas-, o governo pode acioná-las a fim de substituir parte da produção de energia. Assim, poupa os reservatórios de água. O problema reside no custo da geração de energia em termelétricas, que é mais custosa e incide diretamente no custo da conta de luz.
O uso excessivo desse tipo de geração pode acionar outras bandeiras tarifárias. Atualmente, vigora a bandeira verde, que não induz custo extra na conta de luz. O aumento do uso de termelétricas pode fazer com que as bandeiras amarela ou vermelha sejam acionadas, adicionando mais tarifas à fatura.