Tereos obtém financiamento de R$ 370 milhões com o BNDES
A Tereos Açúcar e Energia, dona da marca Açúcar Guarani contratou um empréstimo de R$ 370 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Deste total, R$ 330 milhões serão destinados para financiar capital de giro e gastos com materiais, máquinas e equipamentos agrícolas para as safras 2020 e 2021, que está encerrada, e da temporada 2021 e 2022, que se iniciou este mês, de acordo com o BNDES.
Outros R$ 40 milhões serão destinados para a Usina Vertente, que pertence ao grupo e produz açúcar, etanol e energia, por meio de cogeração.
Segundo o BNDES o crédito foi contratado por meio da linha de financiamentos Finame Direto, empresas e municípios.
Essa modalidade é voltada para a compra de máquinas, equipamentos, sistemas industriais, componentes e bens de informática e automação, além de outros materiais e capital de giro associado aos materiais.
BNDES tem lucro recorde em 2020, puxado por venda de ações
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social apresentou em março seu resultado de 2020. O banco de fomento teve um lucro líquido recorde de R$ 20,7 bilhões no ano passado, alta de 17% ante 2019. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 7 bilhões.
De acordo com o BNDES, o resultado do quarto trimestre do ano foi impactado pelas vendas de ações da Suzano (SUZB3) e da Vale (VALE3). A alienação da participação na companhia de papel e celulose contribuiu com R$ 2,4 bilhões para o lucro do período entre outubro e dezembro. A venda dos papéis da mineradora contribuiu com outros R$ 2,4 bilhões para o resultado.
No ano como um todo, a venda de ações somou R$ 14 bilhões para o lucro líquido total, informou a companhia estatal. O BNDES vendeu R$ 45,4 bilhões em participações acionárias ao longo de todo o ano passado, mesmo com o ambiente conturbado no mercado de capitais, sobretudo no primeiro semestre.
No entanto, de acordo com o presidente da instituição, Gustavo Montezano, apesar da crise, houve “muita liquidez” no mercado, com “muita demanda” por ativos brasileiros, contribuindo para o sucesso do plano de desinvestimentos em participações diretas em grandes companhias.
“Desinvestimos de forma organizada, cautelosa e sem afetar o mercado”, disse o presidente do BNDES na teleconferência de resultados.
Com informações do Estadão Conteúdo.