Confira a agenda do terceiro dia do Fórum Econômico Mundial
Começa nesta quarta-feira (23) o terceiro dia do Fórum Econômico Mundial de Davos.
Este será o dia do Fórum Econômico Mundial que contará com os discursos:
- do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe;
- do premiê italiano, Giuseppe Conte;
- e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Também a agenda do Brasil, com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro, será intensa. Haverão também várias reuniões bilaterais entre membros do governo brasileiro e líderes internacionais e executivos.
Reunião entre Guedes e Azevêdo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, se encontrou em uma reunião bilateral com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo. Os dois falaram por cerca de 20 minutos a portas fechadas.
Na saída do evento, Guedes não falou com a imprensa. Mas antes de entrar na sala ele disse à SUNO Notícias que encontrou investidores internacionais e que todos estão animados com o Brasil.
“Todos estão esperando a reforma da Previdência para investir no Brasil. Não sussegarão até que a reforma não seja aprovada”, afirmou Guedes.
O ministro salientou como vai enviar a reforma para o Congresso Nacional na próxima semana, e espera “uma rápida aprovação”.
Guedes também desmentiu a notícia que teria fugido de uma reunião com a diretora-executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
“Eu não fugi de coisa nenhuma. Foi um problema de agendas. Aqui temos muitas reuniões e temos que escolher algumas. Agora, o FMI não é mais um problema para o Brasil. O problema agora são as infraestruturas e os investimentos. Por isso tive que escolher encontrar os investidores”, afirmou Paulo Guedes.
Na saída do encontro, Azevêdo declarou que o Brasil está pronto para contribuir com a melhoria do comércio internacional.
O diretor-geral afirmou que Brasília vai colaborar para uma reforma geral da OMC. Entretanto, segundo Roberto Azevêdo, essa é uma questão de tempo, de “médio ou longo prazo”.
Saiba mais – Fórum Econômico Mundial: discurso de Bolsonaro não repercute bem
Saiba mais – Davos: Nosso governo é um ponto de flexão para o Brasil, diz Bolsonaro
Agenda do presidente
O presidente Bolsonaro terá uma agenda intensa hoje.
Às 13:00 terá um almoço de trabalho com investidores cujo título será “O Futuro do Brasil”. O governo brasileiro está investindo muito na promoção da economia do País em Davos. O objetivo é atrair investidores estrangeiros e demostrar que o Brasil mudou de rumo econômico.
Depois do almoço, Jair Bolsonaro ser reúne com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte. Esse será o primeiro encontro de Bolsonaro com um líder político europeu desde sua posse, no dia 1º de janeiro.
Bolsonaro escolheu o premiê italiano não somente por causa de sua ascendência italiana, mas também pelo caso do terrorista Cesare Battisti. A extradição de Battisti resolveu uma questão complicada, que tinha congelado as relações bilaterais entre Roma e Brasília. E que agora os dois líderes políticos querem retomar.
Saiba mais – Cesare Battisti chega à Itália após 37 anos foragido
Em seguida, Bolsonaro terá uma reunião Bilateral com o Presidente da Suíça, Ueli Mauer.
E, somente às 16h o presidente falará com a imprensa. Essa coletiva foi acrescentada somente hoje no programa oficial.
Provavelmente uma medida em resposta à repercussão negativa do discurso que Jair Bolsonaro fez na última terça-feira (22). O discurso foi considerado “curto demais” e “pouco detalhado” sobre seu programa de governo.
Pela tarde, o presidente terá uma reunião Bilateral com o Primeiro-Ministro do Japão, Shinzo Abe.
Saiba mais – Em Davos, Bolsonaro diz a executivos que Brasil ficará no Acordo de Paris
Saiba mais – Bolsonaro será protagonista do primeiro dia do Fórum Econômico Mundial
E, depois disso, participará de um painel sobre “A resposta global à crise humanitária na Venezuela“.
Durante a noite, Jair Bolsonaro estará em um jantar com Chefes de Estado de países latino-americanos que também estão presentes no Fórum Econômico Mundial.
Fórum Econômico Mundial
Esta edição do principal evento econômico do mundo foca na quarta revolução industrial.
Os avanços na automação das cadeias de produção, a evolução da inteligência artificial (AI) e as criptomoedas como o bitcoin são temas de discussão.
A ausência do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, também marca a edição. Não há representantes do governo norte-americano por conta do shutdown, a paralisação parcial do governo que já completou 1 mês.
Saiba mais – Sem previsão de acabar, paralisação do governo dos EUA completa 1 mês
Os principais tópicos acor
- O diálogo é fundamental e deve basear-se em uma pluralidade de temas envolvidos;
- A globalização deve ser responsável e sensível às preocupações regionais e nacionais;
- A coordenação internacional deve ser melhorada na ausência de cooperação multilateral;
- Abordar os principais desafios globais exige esforços de colaboração das empresas, dos governos e da sociedade civil;
- O crescimento global deve ser inclusivo e sustentável.
O presidente brasileiro foi homenageado de honra na véspera, e discursou ao lado do presidente do evento, Klaus Schwab. Todavia, o discurso foi considerado breve pelos participantes do Fórum Econômico Mundial.
