1. China consulta OMC para sancionar os EUA
Em um cenário de guerra comercial entre EUA e China, o governo chinês vai pedir permissão à Organização Mundial do Comércio para impor sanções aos EUA.
Segundo uma agenda da reunião da OMC divulgada na terça-feira, a China oficializará o pedido na próxima semana como um capítulo na disputa sobre direitos de dumping contra os EUA que a China iniciou em 2013.
A China parece estar seguindo as regras da OMC como uma forma de responder às declarações do presidente Donald Trump de que ele estaria preparado para impor mais US$ 467 bilhões em tarifas sobre produtos chineses. O valor total representa praticamente todas as importações da China para os EUA.
A China afirmou que iria retaliar com aproximadamente US$ 60 bilhões em tarifas sobre os produtos americanos.
2 . Investimento no Tesouro americano de 2 anos chega perto do maior rendimento da década
O título do Tesouro dos EUA continuou a subir nesta terça-feira, com o rendimento do título de 2 anos chegando a 2,736%, seu maior nível desde julho de 2008.
A alta segue o relatório de emprego da última sexta-feira, que mostrou uma inflação salarial mais rápida do que se esperava, e incentiva a Fed a manter o plano de aumentar gradualmente as taxas de juros.
Enquanto hoje está programada somente a divulgação da pesquisa de Ofertas de Emprego (JOLTS), os investidores aguardam a publicação de quarta-feira do Livro Bege do Fed, que detalha as condições econômicas dos 12 distritos do Fed, e contém também dados sobre inflação na porta da fábrica.
Quinta-feira será fundamental para observadores da inflação e do Fed com a publicação do índice de preços ao consumidor.
3. Mercado de futuros apresenta queda frente a retaliação chinesa
As notícias de que a China não vai recuar em sua disputa comercial e vai levar o caso à OMC tiveram impacto no mercado de futuros. Os investidores devem continuar de olho nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Os futuros de blue chip da Dow, os futuros do S&P 500 e os futuros do índice Nasdaq 100 todos apresentaram leves quedas.
Na Europa, a recuperação dos mercados foi lenta, hoje, com preocupações movidas também pela tensão comercial. Houve pouco progresso nas negociações entre os EUA e as autoridades europeias. Embora o representante comercial americano, Robert E. Lighthizer, tenha classificado as negociações como “construtivas”, novas conversas foram marcadas para o final do mês.
Na Ásia, os mercados encerraram suas sessões também em meio a preocupações sobre o conflito comercial, com leve pressão no sentido oposto vindo das notícias de que a Coreia do Norte e os EUA estariam preparando uma segunda reunião.
4. Mercados emergentes têm breve estabilidade antes de decisões dos bancos centrais
As ações nos mercados emergentes deram uma breve pausa em suas movimentações hoje, enquanto suas moedas se estabilizaram à frente das decisões de política monetária de vários dos países mais duramente atingidos.
A Argentina tem hoje sua reunião de política monetária, a primeira desde o aumento da taxa de emergência para 60% no mês passado, enquanto a Turquia e a Rússia terão deliberações parecidas na quinta e na sexta-feira.
Isso vem à frente da própria reunião do Federal Reserve norte-americano no final deste mês, em que se espera que o banco central americano mantenha sua política de aperto.
A especulação é desenfreada à medida que os investidores esperam para ver se os governantes responderão ao estresse recente e se todas as notícias negativas das últimas semanas já estão precificadas. Os temores permanecem, com as moedas dos mercados emergentes já no nível mais baixo desde abril de 2017.
5. Preços do petróleo sobem e EUA tentam compensar redução na oferta advinda das sanções ao Irã
Os preços do petróleo sobem hoje com o aperto das sanções americanas sobre as exportações de petróleo iraniano, implicando numa redução da oferta global apesar dos esforços de Washington para que outros países aumentem a produção.
O preço do petróleo WTI subia 2,55% para US$ 69,25 o barril às 13:46, enquanto o Brent era negociado em alta de 1,84% a US$78,79.
O secretário de Energia, Rick Perry encontrou-se com o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, em Washington, ontem. A administração Trump encoraja os grandes países produtores de petróleo a manter a produção elevada em um esforço para baixar os preços. Perry se encontrará com o ministro russo da Energia, Alexander Novak, na quinta-feira em Moscou.
Novak afirmou na terça-feira que os principais produtores de petróleo podem assinar um novo acordo de cooperação de longo prazo no início de dezembro, segundo a agência de notícias Tass.
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