O BTG Pactual (BPAC11) revisou suas projeções para a tendência do dólar, estimando que a moeda deve fechar o mês de outubro em um patamar perto do atual, entre R$ 5,15 e R$ 5,20.
A cotação do dólar havia fechado o mês de setembro na casa dos R$ 5,40, mas caiu após o resultado das eleições de domingo, em um cenário de otimismo que chegou a causar alta de 5,5% na bolsa de valores brasileira.
A expectativa é que, após outubro, as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) influenciem o mercado e provoquem uma alta do dólar ante o real.
“Nos EUA, a comunicação recente dos membros do Fed reforça que não devemos esperar cortes de juros em 2023, como o mercado ainda estima, o que pode provocar novos movimentos de aversão ao risco nas classes de ativos mais voláteis e colaborar para a consolidação do cenário de Dólar Global substancialmente forte, o que entendemos como fator de sustentação para a cotação do Real em nível depreciado nos próximos meses”, dizem os analistas da casa.
As projeções são para que o dólar fique em R$ 5,28 no mês de dezembro e em cerca de R$ 5,30 em novembro. A estimativa do BTG, assim, fica próxima do consenso do Boletim Focus, que mira R$ 5,20 para a tendência do dólar em 2022 e em 2023.
“Esperamos que o real siga negociando mais depreciado até o início de dezembro, quando deve sofrer acomodação até R$ 5,20”.
Veja os últimos movimentos do dólar
Nesta quarta-feira (5), o dólar encerrou o dia vendido a R$ 5,184, com alta de R$ 0,016 (0,31%). Ao longo do dia, bateu R$ 5,24, mas acabou desacelerando.
No dia, o dólar acabou subindo em relação a todas as moedas do mundo, já que o contexto era favorável em razão dos indicadores recentes, que mostram um mercado de trabalho relativamente aquecido nos EUA.
Somado a isso, o Fed destacou – por meio das falas recentes dos dirigentes – que seguirá com a postura de juros altos (hawkish) até que a inflação arrefeça. Conforme citado pelos analistas, esse movimento pode ocasionar uma alta do dólar ante outras moedas.