Tenda (TEND3): recuperação de rentabilidade está mais lenta do que esperado, diz BTG
Em relatório, analistas do BTG Pactual (BPAC11) repercutiram as projeções da Tenda (TEND3) e Alea, divisão de casas pré-fabricadas da companhia, divulgadas na véspera (8), pontuando que a recuperação da rentabilidade da empresa está em curso, embora de uma forma mais lenta do que o esperado.
“Estávamos muito otimistas quanto à recuperação da rentabilidade da Tenda para 2024 (principalmente Alea). No entanto, nos baseamos na previsão otimista para 2025 – por isso mantemos nossa postura positiva em relação às ações da Tenda e reiteramos nossa classificação de compra”, pontuaram os analistas Gustavo Cambaúva e Elvis Credêndio. O BTG tem preço-alvo para as ações a R$ 20,00.
Para a Tenda, segundo comunicado divulgado na segunda (8), a previsão de vendas líquidas fica entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões. Para a Alea, a estimativa é de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. No caso da margem bruta ajustada, a projeção da Tenda prevê entre 29% e 31% para a companhia, enquanto para a Alea, divisão de casas pré-fabricadas da Tenda, a expectativa fica entre 9% e 11%.
Para o Ebtida da Tenda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, a projeção vai de R$ 375 milhões a R$ 425 milhões. A Alea, por sua vez, que ainda está ajustando o negócio, a expectativa é de um Ebitda ajustado negativo entre R$ 50 milhões e R$ 30 milhões para 2024.
XP: Tenda está no caminho da recuperação de rentabilidade
Também em relatório, analistas da XP (XPBR31) afirmaram que a orientação da Tenda para 2024 é um sinal positivo de que o negócio principal da empresa está no caminho certo com seu processo de recuperação de rentabilidade.
“Embora o guidance de margem bruta ajustada não pareça uma grande surpresa, vemos os níveis de margem propostos como saudáveis, o que reforça a eficiência da Tenda em aproveitar as atualizações do Minha Casa Minha Vida (MCMV) para escalar rapidamente a lucratividade de suas operações”, disseram os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton.
Entretanto, do lado negativo, a XP ainda não espera ver grandes ganhos de lucratividade da Alea. “Mesmo que o guidance de vendas líquidas pareça indicar uma continuação do ganho de relevância da Alea nas operações da Tenda, acreditamos que os níveis de margem bruta suaves da Alea e o EBITDA ainda sob pressão devem continuar a prejudicar os resultados da Tenda no curto prazo“, afirma.
A XP manteve sua recomendação ‘neutra’ e preço-alvo a R$ 11,00.
Ações da Tenda passam a integrar o IBrX-100
Em outro comunicado divulgado na segunda-feira (8), a Tenda informou que suas ações ordinárias passaram a integrar o Índice Brasil 100 da B3, conhecido como IBrX 100. O índice tem como objetivo avaliar o desempenho e a valorização das companhias listadas, medindo o comportamento das ações mais representativas.
“A presença no IBrX-100 aumenta a visibilidade da companhia e possibilita a procura de um maior número de fundos de investimentos pela ação TEND3“, ressalta a construtora.
“A entrada no IBrX 100 é uma conquista importante para a companhia e seus acionistas”, acrescenta.
Desempenho das ações da Tenda
No intradia desta terça-feira (9), as ações da Tenda caíam 7,6%, cotadas a R$ 11,07. No ano, as ações caem 19,51%, segundo dados do Status Invest.
Cotação TEND3