Além dos sete mortos e quase 200 árvores destruídas, o temporal que atingiu a cidade do Rio de Janeiro em 6 de fevereiro deixou estragos milionários. Os comerciantes dos bairros mais afetados pelas chuvas tiveram um prejuízo de R$ 76,6 milhões, segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio.
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Quase dois terços (65%) dos estabelecimentos comerciais do Rio sofreram com a tempestade. O dado é da pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ). O levantamento consultou 273 comerciantes nos bairros que registraram os índices pluviométricos mais altos, de acordo com medição do Sistema Alerta Rio:
- Rocinha, zona sul
- Vidigal, zona sul
- Barra/Barrinha, zona oeste
- Alto da Boa Vista, zona norte
- Jardim Botânico, zona sul
- Barra/Riocentro, zona oeste
- Grota Funda, zona oeste
- Copacabana, zona sul
- Recreio dos Bandeirantes, zona oeste
- Guaratiba, zona oeste
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Entre os entrevistados, quase metade (46,5%) respondeu que vai levar até um mês para recuperar o prejuízo. Outros 33,3% disseram que o tempo será de um até três meses. A grande maioria (83,4%) dos estabelecimentos atingidos possui até nove funcionários.
O alagamento resultante da chuva foi aferido em 23,2% estabelecimentos. A falta de energia elétrica atingiu 12,4% e em 24% dos locais houve danos à estrutura física. Também 24% dos comerciantes disseram ter perdido mercadorias com o temporal.
Em quase um terço dos estabelecimentos (29,4%), funcionários não conseguiram chegar ao local de trabalho por causa da chuva. E 74,4% registraram perdas ou quedas no faturamento com a tempestade que atingiu a capital fluminense.
Mal saída da tempestade da última semana, o Rio de Janeiro deve sofrer com a chegada de uma frente fria que pode trazer novas chuvas a partir desta terça (12). Os ventos devem atingir 90 km/h, ante os 110 km/h do dia 6.