O presidente da República Michel Temer afirmou na segunda-feira (10) que “tranquilizou” os líderes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na cúpula do G20.
De acordo com Temer, haviam dúvidas acerca de como Bolsonaro pretende lidar com as políticas econômica e externa do Brasil.
“Eu os tranquilizei [líderes do Brics] pautado pela ideia de conversa que eu tive com o presidente eleito Bolsonaro. Verifiquei que uma coisa, na verdade, era a campanha eleitoral. Outra coisa é o exercício da Presidência, do governo”, disse Temer em entrevista ao Globonews.
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Bolsonaro, enquanto estava em sua campanha eleitoral, repetiu à Imprensa que a China poderia “comprar no Brasil, não comprar o Brasil”.
A fala repercutiu no governo chinês, que decidiu pedir em editorial, que Bolsonaro não se espelhe nas ações de Donald Trump, o presidente norte-americano.
Trump tem sobretaxado os produtos importados chineses, e os chineses retaliaram de forma semelhante. Este conflito tarifário recebeu o nome de guerra comercial.
“Eu disse: ‘Olha, a primeira coisa que eu posso lhes dizer é que eu creio que, no panorama econômico, não haverá modificações'”, completou Temer, referindo-se ao diálogo com os líderes dos BRICS.
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Outros pontos mencionados em campanha eleitoral por Bolsonaro, que preocupam as relações internacionais do país, são:
- ausência de viés ideológico no comércio exterior
- a retirada do País da Organização das Nações Unidas (ONU)
- a retirada do País do Acordo do Clima de Paris
Temer deixará a presidência da República em 2018, e Bolsonaro assumirá em 1º de janeiro. O presidente eleito foi diplomado pelo TSE ontem.