De olho no potencial de distribuição de dividendos, o UBS BB manteve nesta terça-feira (27) recomendação de compra para ações da Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3).
Com isso, o banco aumentou o preço-alvo das ações da Telefônica em 6%, de R$ 48 para R$ 51. A equipe do UBS BB cita uma melhora na geração de caixa devido a um menor investimento em capital (capex) em relação às vendas, resultando em um fluxo de caixa livre (FCF) de 9,6% em 2024.
Além disso, o banco aponta que são esperados estimativas de lucro mais altas em função de menores despesas com depreciação e amortização (D&A) e operações sólidas em todas as unidades de negócio da Telefônica.
“Acreditamos que ambos os fatores podem abrir caminho para melhores distribuições de dividendos no futuro, com um dividend yield de aproximadamente 6% no curto prazo, expandindo ainda mais para 7% em 2025 e mais de 8% em 2026”, projeta o UBS BB.
Receita: B2B com crescimento acelerado
Segundo o UBS BB, no segmento de mobile, a receita está sendo impulsionada pelo ARPU (receita média por usuário), após redução de usuários da base de clientes da Oi (OIBR3).
O segmento fixo teve um aumento de 2% na receita puxado pelo B2B digital, levando a impactos positivos no fluxo de caixa.
Além disso, estima-se um aumento de 20% nos ganhos da Telefônica em 2024-2025 devido a ajustes nas despesas de D&A.
Expansão de dividendos vem aí, diz UBS BB
Após redução de capital de R$ 5 bilhões solicitada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o banco avalia que há potencial para uma maior redução, sem comprometer os níveis de alavancagem.
No entanto, de acordo com a UBS BB, o volume solicitado representa três pontos:
- O valor representaria um aumento de 30% em relação às estimativas de dividendos para os anos de 2024 a 2026
- Caso os R$ 5 bilhões fossem divididos igualmente ao longo desse período, isso significaria um rendimento de mais de 8 -10% nesse período.
- A migração da concessão deve aumentar a flexibilidade regulatória para novas reduções de capital futura.
Telefônica (VIVT3) teve alta de 11,3% no lucro do 1T23
A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, apresentou aumento de 11,3% no seu lucro líquido na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022, chegando a R$ 835 milhões.
Segundo a companhia, o crescimento do lucro da Telefônica está relacionado, principalmente, à expansão da receita das suas operações. Por outro lado, a tele sofreu o impacto do aumento na linha de depreciação e amortização, além da subida das despesas com pagamento de juros.
O Ebitda da Telefônica (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 9,6% na mesma base de comparação anual, totalizando R$ 4,942 bilhões. A margem Ebitda recuou 0,98 ponto porcentual, para 38,9%.
A receita líquida da Telefônica aumentou 12,1%, para R$ 12,721 bilhões. O resultado foi puxado principalmente pelo segmento de telefonia e internet móvel, cuja receita avançou 16,3%, para R$ 8,819 bilhões. A receita do segmento fixo subiu 3,5%, para R$ 3,902 bilhões.
O fluxo de caixa operacional cresceu 23,7%, indo a R$ 3,256 bilhões.
A linha de depreciação e amortização aumentou 6,1%, para R$ 3,260 bilhões. Essa linha foi influenciada negativamente pela depreciação dos ativos de arrendamentos e pela amortização dos ativos intangíveis adquiridos da Oi Móvel.
Os custos totais da operação da Telefônica cresceram 13,7%, para R$ 7,778 bilhões.
O resultado financeiro da Telefônica (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa líquida de R$ 657 milhões, consequência do maior endividamento médio, do aumento da taxa de juros e das menores receitas com aplicações financeiras.
Cotação
Cotação VIVT3
Hoje, as ações da Vivo cresceram 0.31%, cotadas a R$ 42,46.
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