A Telefônica (VIVT3) anunciou nesta terça-feira (28) a atualização do valor por ação de dividendos dos BDRs da companhia.
O valor dos proventos por ação divulgado anteriormente era de US$ 0,158685, considerando a taxa de conversão do dia 6 de maio, de R$ 5,075, equivalente a R$ 0,63 por ação.
Com a atualização, os dividendos do BDR da Telefônica equivalem a US$ 0,155075. Com a taxa de conversão a R$ 5,2173, o valor por ação será de R$ 0,50, que serão pagos em 1º de julho.
Apenas os investidores com BDR da Telefônica no dia 31 de maio terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 1º de junho, o BDR já seria negociado sem direito aos dividendos.
Os valores acima já consideram dedução de 19% de IR, 0,38% de IOF e 3% referente à tarifa cobrada pelo Banco B3, assim como eventuais taxas deduzidas pelo emissor do ADR.
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Telefônica Brasil: lucro caiu 20,4% no 1T22, com aumento de despesas financeiras
A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, anunciou que obteve lucro líquido de R$ 750 milhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa uma baixa de 20,4% em relação ao mesmo intervalo de 2021.
O principal motivo para a queda no lucro da operadora foi o aumento nas suas despesas financeiras. Isso foi reflexo do maior endividamento para bancar as compras de licenças para o 5G e da rede móvel da Oi (OIBR3), combinado com aumento da taxa de juros nos últimos meses.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi a R$ 4,511 bilhões, crescimento de 1,3%. A margem Ebitda encolheu 1,3 ponto porcentual, para 20,4%.
“O Ebitda foi beneficiado pelo maior crescimento de receita, mas teve o impacto da mudança de mix nos custos (+7,0% a/a), relacionado ao forte incremento de receitas de aparelhos e serviços digitais”, diz a empresa.
A receita líquida totalizou R$ 11,352 bilhões, aumento de 4,6%. “Foi o maior crescimento de receita líquida em 7 anos, impulsionado pela receita de serviço móvel (+5,7%, na comparação anual), de aparelhos (+10,0% a/a) e desempenho positivo consistente da receita fixa total (+1,9%a/a), com destaque para a receita de FTTH (Fiber to the Home), que cresceu 25,9% a/a”, explica a Telefônica.
O crescimento da receita de serviço móvel foi “impulsionado pelo aumento de 5,9% a/a da Receita de Pós-pago, que representa 81% da receita de serviço móvel.” A Telefônica contabiliza: “No último trimestre, adicionamos 1,269 milhão de acessos pós-pago, tanto pela migração de pré-pago para controle, quanto pelo saldo positivo de portabilidade de outras operadoras.”
Os custos totais da operadora subiram 7%, para R$ 6,840 bilhões.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 524 milhões, um salto de 66,6% na mesma base de comparação anual.
A linha de custos com depreciação e amortização também pesou negativamente no balanço da Telefônica. Essa linha cresceu 5,8%, para R$ 3,074 bilhões. Segundo a empresa, isso ocorreu em função do início da amortização das licenças do 5G, da amortização de novas licenças de software e do maior volume de depreciação dos ativos de arrendamento.
Cotação
A Telefônica fechou em queda de 0,47%, a R$ 46,48. No acumulado do ano, perde 2,78%.