Telefônica (VIVT3), dona da Vivo, fará restituição a acionistas em redução de capital

A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, comunicou nesta terça-feira (19) que as reduções de capital no montante de até R$ 5 bilhões que foram recentemente autorizadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ocorrerão com restituição de recursos aos acionistas.

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Segundo a Telefônica, as restituições ainda serão ‘oportunamente fixadas, e sem o cancelamento de ações‘.

A operadora disse ainda que a autorização da Anatel determina o prazo de 180 dias para a realização das reduções de capital.

Esse mesmo prazo ainda pode ser prorrogado por mais 180 dias, mantendo as mesmas condições societárias.

Atualmente o capital social da Telefônica é de R$ 63,5 bilhões, e analistas destacam que a companhia poderia operar com cifras menores.

“A Vivo tem R$ 64 bilhões em capital e poderia operar o negócio com muito menos” , dizem os analistas do BTG.

Em fato relevante, a dona da Vivo destacou sua intenção de reduzir seu capital e que o inteiro teor da deliberação e/ou seu extrato ainda não foram disponibilizados pela Anatel, de modo que, tão logo tenha conhecimento dos termos e condições, divulgará um novo comunicado sobre o tema.

Após a aprovação do conselho de administração e Anatel, os próximos passos serão convocar uma assembleia de acionistas, abrir período de oposição para credores e, por fim, decidir quando o pagamento será feito. 

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Segundo o BTG, existe a possibilidade de fazer o pagamento em parcelas. O valor máximo possível é de R$ 5 bilhões, equivalente a um rendimento de 7%. 

Diante deste cenário, o BTG recomenda compra das ações da Telefônica, com preço-alvo de R$ 48.

Redução de Capital da Telefônica deve demorar 4 meses

Segundo o BTG, a estimativa é de que deva levar de três a quatro meses para que a redução de capital seja completamente aprovada e a Telefônica seja autorizada a fazer o pagamento. 

“Portanto, o dinheiro (ou pelo menos a primeira parcela) poderia chegar aos acionistas entre o final deste ano e o início do próximo”, projeta o BTG.

Analistas ainda não cravam como será feito o parcelamento, mas pode ser com uma ou duas parcelas. A definição vai depender da geração de caixa da empresa e redução de alavancagem. 

Para o BTG, a Telefônica fará esse pagamento nos próximos três anos, com R$ 2 bilhões em 2023-24 e R$ 1 bilhão em 2025.

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Eduardo Vargas

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