Telefônica, dona da Vivo (VIVT3), vende 30 mil torres na Europa e na América do Sul

A espanhola Telefônica, dona da Vivo (VIVT3) no Brasil, informou em nota nesta quarta (13) que sua subsidiária Telxius Telecom venderá cerca de 30 mil torres espalhadas entre a Europa e a América do Sul para o fundo de investimentos estadunidense American Tower, em uma transação de 7,7 bilhões de euros.

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O valor será pago pelo fundo de investimentos à Telefônica à vista através de duas transações independentes, uma focando nas torres localizadas na Espanha e na Alemanha e outra nas do Brasil, Chile, Argentina e Peru. Ao total, são 30.722 torres.

A dona da Vivo espera captar 3,5 bilhões de euros com o negócio da sua subsidiária. Com isso, a companhia pretende reduzir sua dívida financeira, avaliada em 37 bilhões de euros, em até 4,6 bilhões.

A Telefônica manterá seu contrato de locação das torres com os novos operadores, para que eles “continuem fornecendo seus serviços em padrões similares aos atuais”.

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Após o anúncio dos desinvestimentos, as ações da Telefônica operam em forte alta na bolsa de Madrid. As ações ordinárias da Vivo na B3 sobem 0,85%, negociadas a R$ 44,78 às 10h50.

Telefónica e American Tower já trabalhavam juntas no Brasil

Em 2019, a Telefônica firmou parceria com a American Tower para desenvolver infraestrutura de telecomunicação no país, com foco, principalmente, no estado de Minas Gerais.

Na época, o presidente da Telefônica Brasil, Eduardo Navarro, afirmou que o “o modelo nos ajuda a blindar essa base. E também nos dá mais agilidade, junto de um parceiro que tem expertise em infraestrutura”.

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Fundos especializados em infraestrutura se beneficiam de mau momento de companhias de telecomunicação

Antes da venda das torres da Telefonica, a Oi havia vendido em novembro de 2020 torres para Highline, controlada pelo fundo especialista em infraestrutura do tipo Digital Colony.

Movimentações como a da Telefônica estão aumentando, apesar das companhias do setor terem sempre mostrado relutância em vender suas torres, que considera um ativo estrategicamente importante.

As empresas de telecomunicação, incluindo a Telefônica, entretanto, estariam em um processo para reduzir custos e de levantar dinheiro.

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Vitor Azevedo

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