A Telebras (TELB3) anunciou nesta quinta-feira (18), em fato relevante, que renovou por mais dez anos seu contrato de cessão do serviço de fibras ópticas e de infraestrutura de telecomunicações com a Companhia Hidroelétrica São Francisco (Chesf), com as Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e com a Furnas Centrais Elétricas (Furnas), todas pertencentes à Eletrobrás (ELET3).
Segundo o comunicado, a renovação é feita de acordo com o artigo 12 do decreto nº 9.612, que torna a Telebras responsável pelo fornecimento da rede de internet em prédios da administração pública federal, incluindo estatais.
As duas companhias, tanto a Eletrobrás quanto a Telebras, estão na mira da privatização do Governo Federal. O esperado, no fim de 2020, é que a venda da companhia de energia elétrica fique para o fim de 2021 e da empresa de telecomunicações para 2022.
Tanto Telebras quanto Eletrobras estão na mira das privatizações do governo
A privatização da Telebras ainda foi contestada após a demonstração de interesse do Governo Federal em ter uma rede de fibra ótica exclusiva construída pelas empresas que arrematarem o leilão do 5G. A Telebras seria a candidata natural para assumir a gestão desse ativo.
No inicio de fevereiro, a equipe do ministro da Economia Paulo Guedes viu a movimentação como um perigo à privatização da Telebras, pelo fato de a estatal poder ganhar importância estratégica para o governo. O ministro das Comunicações, Fabio Faria, falou que um novo decreto poderia ser feito, autorizando a operação da rede por um ente privado.
No caso de a Eletrobras ser privatizada, a Telebras deve deixar de ser o provedor oficial de internet à companhia de energia elétrica, uma vez que a Telebras provê, majoritariamente, serviços de telecomunicações principalmente a instituições ligadas ao governo. A privatização da empresa de energia elétrica enfrenta dificuldades no Congresso, mas o governo brasileiro segue prometendo que o desinvestimento saíra do papel até o fim do ano.