Tegma é alvo de operação da PF contra formação de cartel

A Tegma Gestão Logística S.A foi alvo de uma operação de busca e apreensão de órgãos de polícia e regulação de mercado na manhã desta quinta-feira (17). A ação foi realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e apura a existência de um suposto cartel.

A suspeita das autoridades é que as empresas investigadas combinavam o valor de frete de veículos zero-quilômetro. A Tegma emitiu fato relevante sobre a ação em suas unidades no ABC Paulista no início desta tarde.

Na denominada “Operação Pacto”, cerca de 60 policiais cumpriram dez mandados de busca e apreensão em seis cidades. São elas:

  • Santo André (SP)
  • São Bernardo do Campo (SP)
  • Serra (ES)
  • Betim (MG)
  • Simões Filho (BA)

Em nota divulgada pelo Cade, o conselho afirmou que “há indícios de que as empresas supostamente envolvidas no cartel fizeram um acordo para dividir o mercado, evitando competir efetivamente por novos contratos de montadoras e importadores de veículos”.

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Por volta das 15h12 desta quinta, as ações da Tegma operavam em baixa de 8,75% na Bolsa de Valores (B3), sendo negociadas a R$ 32,14.

Sobre a Tegma

A Tegma está há 50 anos no mercado e é uma das maiores operadora logísticas do País. A companhia também é uma das poucas empresas do ramo que está listada na Bolsa de Valores de São Paulo.

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O foco da empresa é a logística de veículos e a logística integrada. A companhia movimenta mais de 750 mil unidades por ano e, dessa forma, é a maior operadora da América Latina no quesito transporte de veículos zero-quilômetro.

A Tegma atua em todo território brasileiro e detém 50 filiais. Além disso, a empresa emprega aproximadamente dois mil colaboradores diretos.

O analista da Suno Research, Rodrigo Wainberg, lembra que é preciso levar em conta que, no momento, trata-se apenas de uma investigação. E, também, caso ocorra uma punição do Cade, isso não significa que a empresa vá quebrar, e as multas podem recair mais sobre os envolvidos do que a companhia em si.”Os fundamentos da empresa permanecem os mesmos no longo prazo”, disse ao Suno Notícias. Ele considera também que acusações de cartão são sempre um risco para empresas que detém participação elevada. “O share da Tegma é de aproximadamente 25,9%”, afirma.

Juliano Passaro

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