A tecnologia 5G pode movimentar até US$ 22,5 bilhões (cerca de R$ 125,42 bilhões) em negócios entre empresas (B2B) no Brasil até 2024. Segundo um estudo criado pelo IDC para o Movimento Brasil Digital, a implantação da tecnologia pode expandir os mercados de computação em nuvem, big data e IoT (internet das coisas) no País.
De acordo com o IDC, a estimativa para o investimento das companhias fornecedoras de serviços para a utilização do 5G no Brasil fica em torno de US$ 2,5 bilhões. O estudo aponta que esse valor está relacionado ao leilão de frequências para a nova rede, que está marcado para ser realizado no ano que vem.
“O 5G proporcionará a conectividade com excelência, sendo o grande vetor do desenvolvimento tecnológico do Brasil e do mundo na próxima década”, disse Vitor Cavalcanti, do Movimento Brasil Digital.
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O evento, criado há dois anos em função da união de grandes empresas atuantes no Brasil, como Gol (GOLL4), IBM, Deloitte e Google, procura estimular as conversas entre os setores público e privado, com o intuito de costurar propostas que tragam tecnologia e inovação para o centro de estratégia do Brasil.
Estados Unidos de olho na chegada do 5G no Brasil
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, demonstrou seu receio quanto à possibilidade da gigante das telecomunicações chinesa Huawei vencer o leilão para montar sua rede 5G no País.
O representante norte-americano afirmou, em videoconferência com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última segunda-feira (19), que a hipótese de a Huawei levar o 5G no Brasil poderia abrir uma porta para a companhia acessar dados de governos e empresas.
“O Brasil é um país ‘high tech’, como Israel, Cingapura, países com indústria aeroespacial, de defesa, de mineração e tecnologia. Estamos preocupados que a China vai se voltar mais e mais para países como o Brasil”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
“Estamos recomendando fortemente que nossos parceiros, incluindo o Brasil, usem apenas fornecedores confiáveis em sua rede de 5G”, disse O’Brien, levantando o risco de “roubo de propriedade intelectual, especialmente por parte da China”.
