Tecnisa (TCSA3) convoca assembleias para avaliar fusão com Gafisa
A Tecnisa (TCSA3) comunicou nesta quarta-feira (26) a convocação de duas assembleias extraordinárias para avaliar a proposta de fusão com a Gafisa (GFAS3).
A Tecnisa atende a um pedido do Bergamo Fundo, do qual a Gafisa detém a totalidade das cotas. Com isso, a primeira assembleia está prevista para ocorrer no dia 10 de setembro, tendo em pauta a temática de uma possível revisão do o mecanismo de proteção à dispersão acionária do capital social (poison pill). O encontro também deverá abordar a discussão da mudança de regras relativas à alienação do controle acionário.
Além disso, a assembleia ainda irá contemplar o aumento do capital social no valor de R$ 500 milhões e do limite de capital autorizado da companhia para 200 milhões de ações, assim como a análise do prosseguimento dos estudos para uma potencial integração de negócios entre as duas empresas.
Na segunda assembleia, marcada para 25 de setembro, os acionistas devem abordar a proposta do fundo Bergamo para a eleição de um novo conselho de administração. Outro assunto em pauta será a adoção de voto múltiplo na possível eleição do novo conselho.
Tecnisa se posiciona contra propostas do Bergamo
A administração da Tecnisa se posicionou, em diversos pontos do documento de convocação, contra as propostas do fundo Bergamo, com destaque para a avaliação da oferta de fusão com a Gafisa.
“Uma eventual combinação de negócios, nesse momento, com uma outra companhia que possivelmente se apresenta em estágio menos consistente do que a companhia, traz receios significativos para a administração. Nada do que nos foi apresentado por Bergamo Fundo indica que haverá sinergias e, tampouco, o valor de tais sinergias”, salientou a administração.
No que tange à destituição do conselho, a Tecnisa comunicou que “o pedido de convocação apresentado por Bergamo Fundo não apresenta qualquer nome ou informações sobre os potenciais candidatos para a proposta nova composição do conselho de administração da companhia, nem qualquer justificativa ou fundamentos objetivos para a destituição da totalidade dos atuais membros do conselho de administração”.
A Tecnisa ainda informou que os principais acionistas da companhia, que possuem 33% do capital social, assinaram um novo acordo de votos, para regular o exercício de direito de voto em relação a determinados assuntos que sejam submetidas à avaliação da assembleia geral.
