A Tecnisa (TCSA3) anunciou nesta quarta-feira (18) as propostas de adoção de segundo plano e de agrupamento de ações. Além disso, foram divulgados os resultados referentes ao período do quarto trimestre de 2019.
Conforme informado por meio de Fato Relevante pela Tecnisa, após reunião do Conselho de Administração da Companhia foram aprovadas as propostas para:
- Adoção do Segundo Plano de Incentivo de Longo Prazo
- Grupamento da totalidade das ações ordinárias
As propostas ainda esperam a deliberação e a aprovação da Assembleia Geral da Companhia para serem efetivadas.
Segundo Plano
Conforme o comunicado, a gerência do Segundo Plano caberá ao Conselho de Administração, que poderá delegar as funções a administração de Programas à Diretoria da Companhia. Para isso, não será permitida a indicação de diretores estatutários da Companhia com beneficiários.
De acordo com os termos do programa, poderão ser atribuídos aos Beneficiários incentivos de longo prazo no recebimento de valor financeiro. Os números serão baseados no valor das ações de emissão e/ou na valorização das ações da Companhia.
Segundo a Tecnisa, o programa tem como objetivo alinhar os interesses dos Beneficiários aos da Companhia, assim como de seus acionistas. Ao mesmo tempo, o Segundo Plano visa atrair e reter os Beneficiários e estimular o crescimento, o êxito e a obtenção dos objetos da Companhia.
No final, o programa tem como finalidade a criação de valor de longo prazo para a Tecnisa e seus acionistas.
Grupamento de ações
No mesmo documento, a empresa destaca a proposta de agrupamento de ações. Dessa forma, os papéis do tipo: ordinário, nominativo e escritural na proporção de 10 ações formarão uma ao final.
De acordo com a Tecnisa, a medida tem como objetivo conferir melhor patamar para cotação das ações das ações da companhia.
Caso seja aprovado na Assembleia Geral, o programa será efetivado 30 dias após a decisão. O período servirá aos acionistas ajustarem sua posição acionária dentro da empresa.
Resultados da Tecnisa no 4T19
A Tecnisa registrou prejuízo líquido de R$ 59,627 milhões no quarto trimestre deste ano. O balanço da empresa foi divulgado após o fechamento do mercado nesta quarta-feira.
O resultado representa uma queda de 7,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os meses de outubro e dezembro de 2018, a Tecnisa reportou um prejuízo de R$ 64,187 milhões.
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A receita operacional líquida da construtora, no entanto, registrou alta, com variação positiva de 60,9% frente ao mesmo período do ano anterior. O valor passou de R$ 77,128 milhões em 2018 para R$ 124,135 milhões.
“O crescimento observado é resultado do crescimento das vendas contratadas, reflexo da redução dos distratos; bem como da alienação de 2 terrenos não estratégicos, um no 1T19 e outro no 4T19, respectivamente, pelo montante de R$ 60 milhões e R$ 33 milhões”, informou a construtora.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrou um recuo de 12,6% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Os números foram de R$ 34,547 milhões em 2018 para R$ 30,185 milhões em 2019.
A Margem Ebitda ajustada teve variação negativa de 24,3%, ante a oscilação de 44,8% negativos reportados nos 12 meses anteriores.
Além disso, as vendas líquidas da Tecnisa somaram R$ 164 milhões no último trimestre de 2019. A empresa encerrou o ano passado com a posição de caixa de R$ 380 milhões, valor superior ao Endividamento Total de R$ 348 milhões.