Taxas longas de juros disparam com variante do coronavírus no radar

Os juros futuros de longo prazo disparam nesta sexta-feira (22), enquanto o mercado estava atento a variante britânica do coronavírus (Covid-19).

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou hoje que a variante britânica do coronavírus, que é mais contagiosa, pode ser também mais mortal do que as outras identificadas.

“Além de se disseminar mais rapidamente, agora também parece que há sinais de que a nova variante (do coronavírus), aquela que foi identificada pela primeira vez em Londres, e no sudeste (de Inglaterra), pode estar ligada a um grau mais alto de mortalidade”, disse o premiê.

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Por outro lado, os juros de curto prazo tiveram um alívio, quando o governador de São Paulo, João Doria, anunciou novas restrições em diversas localidades do estado. A região da Grande SP, além de outras três que estavam na fase amarela do ‘Plano São Paulo’, passaram para a fase laranja, gravidade de nível 3, em uma escala de 1 a 5.

As taxas do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 passaram de 3,38% para 3,365% no fim da sessão regular de hoje.

Por sua vez, as taxas do DI para janeiro de 2023, avançaram de 5,13% para 5,165% na mesma sessão, ao passo que as taxas do DI para janeiro de 2025 passaram de 6,62% para 6,79%.

Além disso, as taxas do DI para janeiro de 2027 avançaram de 7,26% para 7,48%.

Restrições causaram reprecificação de juros no curto prazo

Jerson Zanlorenzi, do BTG Pactual digital, considera que o cenário local “sem dúvida teve um peso neste movimento generalizado dos mercados hoje. Nós temos um cronograma de vacinação ainda incerto e a nossa capacidade de vacinar está transcrita nos ativos”, disse ele ao jornal Valor Econômico.

“Com esse anúncio de nova restrição em São Paulo, acho que houve uma leve reprecificação dos juros no curto prazo, pois isso pesa na economia e tem um efeito desinflacionário”, completou ele.

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“Sem dúvida tem o fiscal, que puxava os juros desde a manhã. Mas também tivemos essa notícia de que a nova cepa do vírus pode ser mais letal do que a anterior, a última puxada dos juros me parece que foi isso” disse um operador de renda fixa ao jornal Valor.

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Laura Moutinho

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