A taxa de desemprego no País caiu para 12,3% no trimestre encerrado em maio. Desta forma, atingiu 13 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da segunda queda seguida e da menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro (12%). No mesmo trimestre do ano passado estava em 12,7%.
Recorde em subutilizados e desalentados
O grupo de pessoas que não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no período foi o maior desde 2012. A marca chegou a 28,5 milhões de pessoas subutilizadas e desalentadas (que desistiram de procurar emprego). Desde as pesquisas de 2012, este número é o maior da lista.
“A população subutilizada (28,5 milhões de pessoas) é recorde da série iniciada em 2012, com alta em ambas as comparações: 2,7% (mais 744 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 3,9% (mais 1.066 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018″, comunicou o IBGE.
Entre os trabalhadores subutilizados estão:
- os desempregados
- os que estão subocupados ou fazendo bicos (e fazem menos de 40 horas por semana)
- os desalentados (que desistiram de procurar emprego)
- os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos, geralmente pessoais
Ainda segundo a pesquisa, o país terminou maio com 4,9 milhões de pessoas desalentadas. Isso significa um recorde histórico. No período de 1 ano, a marca subiu 3,7%.
Na véspera, o Ministério da Economia divulgou que foram criados 32.140 empregos com carteira assinada no país em maio, o pior resultado para o mês desde 2016, quando houve fechamento de vagas. No acumulado no ano, foram gerados até maio 351.063 postos formais de trabalho.
Informalidade
Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de trabalhadores informais chegou a 11,4 milhões. Isso equivale a 18 % dos cidadãos brasileiros ocupados no Brasil. Desta forma, o número teve um aumento de 3,4% em relação ao mesmo trimestre de 2018.
Entretanto, o número de pessoas com carteira assinada permaneceu estável, em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados do IBGE. Na comparação entre os anos ainda houve um aumento de 1,6% (mais 521 mil pessoas).