A taxa de desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, esse valor é correspondente a 12,3 milhões de desempregados. A informação foi divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com o trimestre terminado em novembro, quando havia registrado 11,2%, o aumento da taxa de desemprego interrompeu dois trimestre seguidos de quedas. No entanto, em comparação com o mesmo período no ano passado, quando ficou em 12,4%, a taxa apresentou queda.
“O trimestre encerrado em fevereiro deste ano se apresenta com uma taxa inferior ao do mesmo período do ano passado. Essa queda foi causada pelo crescimento no número de pessoas ocupadas (1,8 milhão), o que impediu a taxa de crescer nessa comparação”, disse a analista do IBGE, Adrian Beringuy.
A analista aponta que o setor que tradicionalmente costuma demitir no início do ano, do comércio, não foi o principal no aumento da taxa. Segundo Beriguy, a alta foi puxada pelos seguintes setores:
- construção (-4,4%)
- administração pública (-2,3%)
- serviços domésticos (-2,4)
Informalidade em relação com o desemprego
A taxa de informalidade caiu de 41,1% no trimestre de setembro a novembro de 2019 para 40,6% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano. Esse valor corresponde ao total de 38 milhões de trabalhos informais.
Nesse grupo se encontra os seguintes trabalhadores:
- sem carteira assinada
- trabalhadores domésticos sem carteira
- empregadores sem CNPJ
- trabalhadores familiares auxiliares
A analista aponta que o rendimento subiu para R$ 2.375, alta de 1,8% em comparação com o último trimestre. Em comparação com o trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, o aumento foi mais expressivo de 3,9%.
Segundo a pesquisa, o total de pessoas fora da força de trabalho chegou a 65,9 milhões, patamar recorde desde o início da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012. São pessoas que não procuram trabalho, mas que não que se enquadram no desalento (pessoas que desistiram de procuras emprego). Os desalentados somam 4,7 milhões, quadro estatisticamente estável em ambas as comparações.
Além desta pesquisa sobre o desemprego, existem outras leituras apresentadas pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados podem ser diferentes uma vez que consideram apenas os empregos com carteira assinada.