A Taurus (TASA4), uma das maiores fabricantes de armas do mundo, informou hoje ter oficializado um convênio com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) para realizar pesquisa e desenvolvimento de armamentos com grafeno.
A parceria entre a Taurus e a UCS ocorrerá através da UCSGRAPHENE, primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada por uma universidade e que faz parte do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação (TecnoUCS).
“A estrutura – junto aos demais laboratórios de pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico de toda a universidade, assim como atuação do centro de tecnologia e equipe técnica da empresa parceira ZextecNano – permitirá a rápida realização de testes e desenvolvimento de protótipos de armas”.
De acordo com o coordenador da UCSGRAPHENE, professor Diego Piazza, o grafeno é o futuro para inúmeras áreas, incluindo a indústria de armas. “Armamentos contendo grafeno em sua composição são mais leves e resistentes. Essa parceria da UCS com a Taurus abre portas para a pesquisa e fabricação de produtos muito mais modernos e tecnológicos”, pontua Piazza.
Para o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, a utilização do grafeno na produção de armas de fogo será uma revolução neste mercado.
“O principal pilar estratégico da Taurus é a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação que são capitaneadas pelo CITE (Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia). A aplicação de grafeno elevará ainda mais a qualidade e eficiência na produção dos nossos produtos. O desenvolvimento de aplicações de grafeno nas armas de fogo será um divisor, um fato muito relevante, para o mercado mundial de armas curtas”, afirma Nuhs.
Taurus tem a primeira arma certificada por OCP privado no Brasil
A Taurus informou no último mês que o fuzil T4 calibre 5,56mm com cano de 14,5 polegadas foi o primeiro Produto Controlado pelo Exército (PCE) a ser certificado por um Organismo de Certificação de Produto (OCP) privado no Brasil.
De acordo com a companhia, o fato é histórico e muito importante para a Taurus e para as demais empresas da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), pois sinaliza o fim do entrave regulatório a que estavam sujeitas até agora.
A certificação de produtos pelo OCP vai agilizar e flexibilizar os processos de desenvolvimento e de lançamento no mercado brasileiro, reduzindo os prazos e aumentando a competitividade da companhia, especialmente frente aos produtos importados, que não possuem a mesma exigência para serem comercializados no Brasil, informa a companhia.
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Com a novidade, a Taurus não necessita mais submeter seus novos produtos, ou modificações em outros já existentes, à certificação nos laboratórios do Exército Brasileiro, podendo fazê-lo por meio do OCP, cabendo à Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (DFPC) apenas a homologação final do processo após a aceitação dos certificados de conformidade emitidos pelo OCP.