A fabricante brasileira de armas Taurus (TASA3; TASA4) registrou um lucro líquido de R$ 39,0 milhões no segundo trimestre deste ano, equivalente a uma queda de 10,6% em comparação ao mesmo período de 2019.
A Taurus atribuiu o resultado ao aumento das vendas no período, com crescimento de receita e de rentabilidade operacional, que compensaram a pressão causada pela variação cambial sobre as despesas financeiras.
Dessa forma, a receita operacional líquida da companhia entre os meses de abril e junho bateu recorde e ficou em R$ 423,8 milhões, uma alta de 81,9% ante mesmo trimestre do ano anterior. A fabricante ainda informou que 84,9% da receita consolidada foi proveniente de vendas de armas no mercado externo.
“Além do aumento das vendas, também a valorização do dólar médio frente à moeda nacional no período contribuiu para o resultado obtido, levando ao ganho de receita na conversão das vendas de armas no mercado internacional”, salientou a Taurus.
Ao mesmo tempo, a empresa registrou um aumento da rentabilidade com o lucro bruto atingindo R$ 179,9 milhões, uma alta de 123,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, enquanto a margem bruta subiu 7,9 pontos percentuais, para 42,4%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Taurus no período também foi recorde. O indicador registrou um crescimento de 91,0% no segundo trimestre de 2020, para R$ 107,7 milhões, contra os R$ 56,4 milhões obtidos no mesmo intervalo do ano anterior. No mesmo sentido, a margem Ebitda anotou uma alta de 1,2 ponto percentual, chegando a 25,4%.
Taurus tem quase um terço das unidades produzidas nos EUA
Conforme relatório, a fabricante de armas apresentou 103 mil unidades produzidas na fábrica nos Estados Unidos no segundo trimestre, em relação às 289 mil unidades produzidas no Brasil durante o período.
Além disso, a companhia reportou um crescimento do interesse por seus produtos, resultado na venda total de 437 mil unidades da Taurus. “A demanda do consumidor norte-americano por armas cresceu de maneira acelerada no decorrer dos últimos meses face à incerteza gerada pela onda de manifestações nesse país, o que vem ocorrendo ainda em meio à insegurança causada pela pandemia de COVID-19”, ressaltou a empresa.
“Também no Brasil a demanda vem crescendo por parte dos CACs (caçador, atirador e colecionador), que têm buscado principalmente os calibres de armas antes proibidos pela legislação brasileira. O atual cenário de demanda apresenta sinais de crescimento sustentáveis, conforme demonstrado nas pesquisas do setor”, avaliou a Taurus.