Taurus (TASA4): Com importação liberada, foco de investimento será nos EUA

A Taurus (TASA3; TASA4) comunicou ao mercado que a resolução do governo de zerar a alíquota de importação de revólveres e pistolas, anunciada hoje, não terá impacto significativo em suas operações. No entanto, a decisão, segundo a fabricante de armas, fará com que a empresa priorize seus investimentos nos Estados Unidos.

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Em seu fato relevante, a Taurus esclareceu que o mercado doméstico é inferior a 15% de suas vendas, cujas margens são inferiores as das exportações.

A resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) foi publicada nesta quarta-feira (9) no Diário Oficial da União e entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2021.

A fabricante salientou também que é uma multinacional com fábrica nos EUA e uma futura operação na Índia, o que dá à companhia as mesmas vantagens da resolução da Camex.

A Taurus relembrou em seu documento que nos últimos três anos passou por uma forte reestruturação focada na redução de custos que lhe permite, “mesmo com essa isenção, manter seus preços, no mercado brasileiro, mais atrativos frente a seus concorrentes internacionais”.

A companhia divulgou que possui mais de 1,1 milhão de pedidos em carteira no mercado americano, o que representa 8 meses de vendas.

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Por fim, a Taurus lamentou a decisão do governo e informou que irá priorizar seus investimentos no exterior.

“Lamentavelmente essa medida irá acelerar o processo de priorização de investimentos nas fábricas nos EUA e na Índia, em detrimento aos investimentos que iram gerar empregos e riqueza no Brasil“, informou o texto.

O Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE), por sua vez, comunicou que a decisão do governo brasileiro de zerar as alíquotas dos impostos de importação de armas e revólveres “surpreende” a indústria do setor, pois não preserva os empregos da indústria, bem como não atrai investimentos para instalação local de fábricas e também não estimula o desenvolvimento local.

“A decisão de zerar as alíquotas de importação de produtos de defesa e segurança confere tratamento não isonômico ao mercado, na medida que os produtos nacionais continuam pagando elevados impostos”, destaca o sindicato em seu comunicado.

A isenção de alíquota não se aplica a alguns tipos de armas, como as que são carregadas exclusivamente pela boca, pistolas lança-foguetes, revólveres para tiros de festim e armas de ar comprimido ou de gás.

Após a notícia, as ações ordinárias da fabricante caíam a 3,04%, negociadas a R$ 16,60. Por sua vez, as preferenciais tinham queda de 3,55%, negociadas a R$ 17,41. Já o Ibovespa também apresentava baixa de 0,13%, a 113.642,41 pontos.

Taurus avança na etapa de licitação de fuzis para Exército das Filipinas

Nesta semana, especificamente na segunda-feira (7), a Taurus comunicou ao mercado que recebeu uma aprovação nos testes de qualificação de resistência do fuzil T4, avançando mais uma etapa diante da licitação internacional de 12.412 fuzis calibre 5.56 para o Exército das Filipinas.

A aprovação ocorreu após o fuzil da fabricante ser o vencedor da primeira fase dessa licitação internacional em novembro deste ano. A decisão final deverá ocorrer ainda em 2020, com previsão de entrega de todo o lote durante o primeiro semestre de 2021.

O fuzil Taurus T4 é baseado na plataforma M4/M16, amplamente empregada pelas Forças Armadas em todo o mundo e principalmente pelos países membros da OTAN.

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Poliana Santos

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